Com o início da moagem da cana-de-açúcar somente na segunda quinzena de abril, a alta do etanol tende a se manter ao longo do mês.
Para o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, o pico dos preços cobrados ao consumidor ainda não foi atingido. Conforme Vaz, os preços do álcool hidratado nos postos deve continuar subindo até a primeira quinzena de abril.
– Os preços devem começar a recuar somente no final de abril ou início de maio – projeta.
De acordo com Vaz, o consumo de hidratado já caiu pela metade na semana passada ante a média semanal de janeiro e fevereiro. Enquanto em janeiro e fevereiro o consumo médio de hidratado foi de 166 milhões de litros por semana, este consumo foi de 85 milhões de litros na semana encerrada em 26 de março, levando em conta dados das empresas filiadas ao Sindicom – que representam 60% do setor.
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Produção só para 45% da frota flex
O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, também projetou uma estabilização de preços com o início da moagem da safra 2011/2012. Conforme projeção da entidade, a próxima safra aponta para uma moagem de 568,50 milhões de toneladas, crescimento de 2,11% em relação ao total processado na última safra, de 556,74 milhões de toneladas.
Em entrevista coletiva, o presidente da Unica afirmou que as usinas de açúcar e álcool brasileiras só têm condições de garantir o abastecimento de etanol hidratado – usado nos veículos flex – de 45% da frota de carros bicombustíveis nos próximos 12 meses. De acordo com Jank, a oferta de etanol hidratado será cada vez menor, caso a produção da cana-de-açúcar não acompanhe o aumento da demanda gerada pelo crescimento da frota de carros flex no Brasil.
