A elevação dos preços de cereais no mercado mundial se iniciou desde 2001. Estimativas do Banco Mundial indicam o incremento de 140% no preço de alimentos entre janeiro de 2002 e janeiro de 2008. Contudo, quase 75% desta expansão ocorreu a partir de setembro de 2006.
Estes dados têm levado a diversas especulações de pelo menos dois grupos de interesses: os neo-Maltusianos e os “agentes da indústria petroleira”. Há quase 200 anos Malthus constatou que a população de humanos aumentava de forma exponencial enquanto que a produção de alimentos aumentava de forma aritmética e concluiu que em breve (para a época) haveria falta de alimentos para tanta gente (Elwell, 2008).
Esta teoria não se concretizou porque felizmente Malthus não pode prever que novas tecnologias na produção de alimentos e expansão da área cultivada permitiriam o crescimento da produção de forma a impedir a escassez de alimentos naquele tempo. No final da década de 1960, também houve uma crise de alimentos e esta teoria foi ressuscitada (Ehrlich, 1968).
Novamente as previsões alarmistas não se concretizaram devido à chamada “revolução verde”, a qual se baseava no uso de variedades de plantas altamente produtivas e no elevado uso de insumos como fertilizantes e defensivos, que elevou a produtividade das culturas, principalmente trigo e arroz, e garantiu o abastecimento mundial de alimentos.
Uma simples análise das estatísticas da população mundial, permite concluir que não houve aumento de 75% da população de humanos a partir de setembro de 2006 que justificasse aquele aumento no preço de grãos.
O segundo grupo de interesses, “os agentes da indústria petroleira”, apregoam que os programas de biocombustível são responsáveis pelo aumento mundial no preço dos alimentos. É fácil de ver os interesses econômicos e políticos que são prejudicados pela oferta de uma fonte de energia alternativa para movimentação de veículos e do mundo.
Novamente, as análises das estatísticas disponíveis nos permitem concluir outra realidade. Os subsídios do governo do EUA e dos membros da Comunidade Européia aos programas de biocombustíveis se intensificaram a partir de 2006 e, de fato, houve incremento de 75% no preço dos alimentos a partir de setembro de 2006. Perfeitamente relacionados.
Mas, como explicar (e culpar o programa de biocombustível) pelos 65% de aumento no preço de alimentos que ocorreu entre 2001 e 2006? Além disto, será que entre 2006 e 2008 não houveram outros fatores, além dos programas de biocombustíveis, que também podem ter contribuídos com a disparada no preço mundial dos grãos?
Na realidade, existem OITO RAZÕES que levaram a esta crise mundial de alimentos. A seguir serão apresentadas estas causas da crise alimentar na seqüência cronológica da ocorrência dos fatos.
Primeira, houve aumento do número de consumidores de alimentos de forma acentuada e continuada na última década. São conhecidas as estatísticas da elevada taxa de crescimento econômico da China e da Índia. São quase 10% de taxa de crescimento, todos os anos e por mais de uma década.
Com isto são mais pessoas que aumentam seu poder aquisitivo e começam a ingerir alimentos em maior quantidade e qualidade. Foram 450 milhões de consumidores que deixaram a linha de pobreza e aumentaram seu consumo de alimentos mais nobres, como carne de gado (China, Russia) e de frango (China, India).
Sabe-se que são necessários quase 10 kg de grãos para produzir cada kg de carne (POLLAN, 2008). Bastante ineficiente, mas quem não aprecia um bom churrasquinho? Certamente, esta tendência de consumo não vai diminuir e isto representa uma enorme oportunidade de negócios para os empresários brasileiros que será abordada mais adiante.
Segunda, houve falta de investimentos mundiais em pesquisa agrícola por negligência dos organismos internacionais como FAO (órgão da Organização das Nações Unidas), AID (agência dos EUA) e o Banco de Desenvolvimento Asiático (ADB) (Bradsher & Martin, 2008). Este fato foi paralelo ao equilíbrio entre oferta e demanda de alimentos que houve a partir do início dos anos 1980.
De fato, de 1980 até 2001 houve redução lenta mas quase contínua no preço dos alimentos. Após o sucesso da “revolução verde” o Banco Mundial assumiu que a crise mundial de alimentos estava solucionada para sempre, reduzindo o interesse e o incentivo para investimentos em pesquisa pública.
Por exemplo, o IRRI (Instituto Internacional de Pesquisa em Arroz, sediado nas Filipinas), que recebe boa parte de seus recursos destes três organismos, teve redução drástica de seus recursos a partir das últimas décadas.
Assim, resultados de pesquisas da década de 1980 que tinham identificado genótipos de arroz tolerantes as pragas ficaram engavetadas, enquanto hoje a Ásia enfrenta falta de arroz e insetos devoram as plantações desta cultura e ao mesmo tempo infectam as plantas com viroses que também prejudicam o rendimento de grãos.
Os EUA reduziu 75% do seu orçamento de quase 60 milhões de dólares para pesquisa agrícola mundial (Bradsher & Martin, 2008). Como conseqüência no corte do orçamento, o IRRI que no final década de 1970 tinha 200 pesquisadores e ajudantes trabalhando com entomologia (estudo e manejo dos insetos) atualmente só possui 8 pessoas.
Enquanto os insetos engordam, as pessoas fazem greve por falta de arroz no Egito, no Vietnã e no Haiti; ou por falta de milho no México. Novamente, a pesquisa brasileira está à altura do desafio que se apresenta, fato que será apresentado mais adiante neste artigo.
A terceira causa da alta de preços se deve à redução de estoques de alimentos no mundo. Até a década de 1990, muitos países do mundo (principalmente na Europa, EUA e China) mantinham estoque de alimentos para situações de emergência ou para ajudar a regular os preços nacionais e controlar (ou manipular, como dizem os críticos) os preços mundiais.
Com o advento da globalização, gradativamente as barreiras ao comércio mundial foram diminuindo e como havia um aparente superávit de alimentos, a necessidade de estoques reguladores foi desaparecendo, o que tem favorecido a elevação de preços recente.
Os três fatores descritos nos parágrafos anteriores retratam mudanças conjunturais que ocorreram no mundo e que possuem uma inércia muito grande, ou seja, são difíceis de serem corrigidas em curto prazo e devem continuar a pressionar o valor dos alimentos por pelo menos uma década (Trostle, 2008).
Eles implicaram em aumento da demanda e alimentos sem o concomitante aumento na sua oferta e portanto foram as principais forças desencadeantes do aumento do preço dos alimentos que ocorreu a partir de 2001.
Assim, já no início de 2004 os preços de alimentos estavam em níveis similares aos de 1980 (já descontados a inflação do dólar). Estes fatores ainda continuaram pressionando o valor dos alimentos até que 2006 novos fatores de alta surgiram no mundo.
Quarto motivo do incremento de preços: supervalorização do valor do petróleo a partir de 2006 e incentivo à produção de bioetanol pelo governo do EUA e dos paises Europeus. O atual valor do barril de petróleo está mais do que o dobro do que estava em 2006.
Desde meados de 1999 houve elevação suave mas continuada do valor do petróleo, principalmente devido ao aumento do consumo ocasionado pela expansão industrial e econômica dos tigres asiáticos e da Índia.
Por exemplo, Índia, China e outros paises da Ásia consumiam em 1995 apenas 2 milhões de toneladas de petróleo (ou 30% do consumo mundial na época) e em 2006 consumiam 6 milhões de toneladas (mais da metade do consumo mundial). Somente a China quintuplicou o seu consumo em 10 anos (Trostle, 2008).
Esta análise fez grandes potencias mundiais perceberam que o preço do petróleo vai continuar a subir e procuraram no álcool uma alternativa para o combustível líquido para sua frota automotiva. Desde 2002, os EUA começaram um programa de subsídios para produção de álcool a partir do milho.
Este programa se acentuou a partir de 2006, de forma que já em 2007 cerca de 10 milhões de hectares de milho (25% da área plantada com esta cultura) era utilizada para esta finalidade. Os 30 bilhões de litros de etanol produzidos nesta área só supriram 2% da necessidade de combustível dos EUA, mas favoreceu que muitos agricultores deixassem de produzir soja naquele país para produzir milho.
Na Europa a situação não foi muito diferente. A Europa é o maior produtor e consumidor de biodiesel, produzido principalmente a partir do óleo de canola. Os países da comunidade européia tinham assinado um protocolo de intenções com a previsão de que 10% de seu consumo de combustível em 2020 seria biodiesel.
Para piorar a situação na Europa, como eles eram grandes importadores do milho dos EUA para alimentação animal. Como faltou milho para importar, o trigo produzido localmente começou a ser utilizado em substituição ao milho com conseqüente aumento de preços de ambos.
Quinta causa do aumento mundial de preço de alimentos: especulação no mercado financeiro. O mercado de futuros de produtos agrícolas é uma estratégia financeira de permitir aos agricultores se protegerem de reduções do preço dos seus produtos que normalmente ocorrem por ocasião das colheitas, época de super oferta de grãos.
O cenário de aumento de preços dos alimentos descrito anteriormente foi previsto por alguns investidores no ano de 2006. Assim, houve forte movimento especulativo de dinheiro para os mercados futuro de alimentos como forma de garantir um lucro fácil. Com a crise das hipotecas nos EUA e a desvalorização do dólar, muitos capitalistas investiram no mercado futuro de grãos como forma de diversificar seus investimentos.
O jornal mais conceituado na área econômica, o Wall Street Journal, relatou em 31/3/2008 que ao menos 40% das operações em mercados futuros de grãos foram realizadas por fundos altamente especulativos e não agricultores. Mais recursos “apostando” em elevados preços de grãos garantiram um efeito dominó para elevação destes valores (Reuters, 2008).
Além disto, aqueles países com superávit de divisas internacionais como China e os tigres asiáticos e os países da OPEP (exportadores de petróleo) estão garantindo o seu suprimento de grãos através de aquisições no mercado futuro de grãos. Com isto, a demanda de grãos também está elevada no mundo virtual, o que garante aumento dos preços no mundo virtual e também no mundo real.
O sexto motivo do aumento de preços foi a redução na produção de alimentos devido aos períodos de seca prolongadas que ocorreram na Austrália em 2006, 2007 e 2008, na Rússia e na Ucrânia em 2006 e na África do Sul em 2006, no norte da Europa e no Canadá em 2007. Além disto, houve geadas na florada das culturas nos EUA e na Argentina.
Estes e outras “catástrofes” climáticas que ocorreram nos últimos dois anos limitaram seriamente a produção de alimentos no mundo. Com menor oferta de grãos e o excesso de demanda já relatada anteriormente, a conseqüência é a elevação de preços.
Caso as previsões de aquecimento global e aumento da aridez do planeta se concretizem é provável que a seca continue a impor suas perdas na agricultura com efeitos nocivos para toda a humanidade.
Sétimo motivo da falta de alimentos no mundo e elevação no preço dos mesmos: proibição da exportação de alimentos (para não faltar internamente) como registradas na Argentina, Índia, China, Rússia, Ucrânia, Servia, Egito, Camboja, Vietnã e talvez Brasil.
Temendo carência de alimentos para sua população, principalmente aquela de baixa renda, alguns países (Europa, Índia, Coréia, Tailândia, entre outros) reduziram as tarifas de importação de alguns alimentos como farinha de trigo, soja, grãos em geral e carne de porco.
Para conter a inflação de alimentos, alguns países como Venezuela e Marrocos estão subsidiando os consumidores de alimentos, ou seja, importam grãos ao preço internacional e revendem aos consumidores a um preço mais compatível com a economia local.
Outros países, como os EUA, estão racionando a venda de alimentos como o arroz para conter a carência de produto e evitar a inflação neste alimento. Tudo isto, mantém ou aumenta a demanda de grãos no mundo e a conseqüência, … aumento do preço dos grãos!
Oitava razão do aumento de preços dos alimentos: mais especulação financeira com a desvalorização do dólar e aumento dos preços do petróleo. Agora, a crise virou um círculo vicioso, nossa conhecida ciranda financeira.
De fato, o petróleo é matéria prima de defensivos e fertilizantes e além disto é fonte de energia (diesel) para produção, processamento e transporte dos alimentos produzidos. Com o incremento de preços deste insumo fica mais caro produzir. Assim, os capitalistas mundiais especulam que os alimentos serão vendidos mais caros e, com isto, as bolsas de mercados futuros de produtos agrícolas prometem lucros compensadores.
Os agricultores, por sua vez, investem nas lavouras e o aumento da demanda dos insumos eleva os preços dos mesmos e, assim, se elevam os custos de produção, tendo impacto no preço final dos grãos. E escalada continua…
Todos fatores descritos acima possuem uma inércia elevada de difícil reversão. Estima-se que a crise de preços dos alimentos ainda continuará por período prolongado, mesmo que sejam eliminados os subsídios à produção de etanol.
Analistas internacionais prevêem que esta é a pior crise de alimentos dos últimos 50 anos (Trostle, 2008). A grande questão que se apresenta é: seria possível fazer do limão uma limonada?
Oportunidades de negócios para o empresário brasileiro
Diversas oportunidades de negócios estão disponíveis atualmente. Todas elas precisam de investimento da iniciativa privada. Aparentemente, a crise de alimento no mundo apresenta uma série de oportunidades que promoverá uma nova ordem econômica mundial. Não querendo ser ufanista, mas simplesmente retratando a realidade, agora o Brasil é a bola da vez.
Felizmente desta vez pelo lado ganhador. Será que nossos empresários estão à altura do desafio e da oportunidade? Será que veremos a médio/longo prazo multinacionais brasileiras comandando o espetáculo do crescimento global?
A seguir apresentam-se apenas algumas idéias promissoras. A intenção dos autores é abrir as portas da imaginação dos investidores brasileiros para que utilizem sua criatividade para desenvolver produtos e estratégias de negócios.
Elevado preço de alimentos permite contemplar técnicas que não eram lucrativas no passado. Entre as oportunidades destacam-se: a) a necessidade de utilização mais eficiente de água e nutrientes, de forma a produzir mais grãos por unidade de área; b) a carência de encontrar novas formas de controle de plantas daninhas, pois o crescimento do número de espécies resistentes aos herbicidas está encarecendo o custo de produção; c) a possibilidade de desenvolver métodos de produção ou de processamento de alimentos em pequena escala, de forma a permitir a produção local e evitar os elevados custos de transporte.
Outras oportunidades podem ser viabilizadas em prezo mais curto e com menor investimento de recursos. Por exemplo, o gado produzido nos EUA e na Europa consome grãos que atualmente estão com preço elevado. Mas, no Brasil o gado se alimenta de pastagem. Assim, uma oportunidade de negócios que não irá demandar muita inovação é atender a demanda de carne do mercado consumidor europeu e asiático.
A comparação de preços entre a carne nacional e aquela que consome grãos por si só fará a venda de nossos produtos. Bastará os empresários investirem no aumento do rebanho interno para atender este contingente de consumidores.
Uma grande oportunidade de negócios um pouco mais complexa está na alteração da relação energia-alimentos. A agricultura mundial é muito dependente de insumos que demandam energia. Fertilizantes, defensivos, combustível são todos seus derivados e são a matéria prima para elevados níveis de produtividade agrícola.
Além disto, a agricultura brasileira é altamente dependente de fertilizante importado a base de fósforo, pois nossos solos são pobres na disponibilidade do elemento e não há reservas nacionais do mesmo. Inovações tecnológicas que substituam estas demandas teriam grande aceitação e beneficio para a humanidade, revertendo em lucros para os empresários.
Por exemplo, genes, enzimas, processos ou genótipos de plantas com elevada capacidade de extrair fósforo do solo permitiriam elevar o rendimento de grãos das lavouras e teriam excelente valor de mercado. Quantos empresários brasileiros se deram conta disto e estão investindo no setor?
A utilização do etanol como substituto da gasolina não altera o sistema de distribuição e utilização de combustível líquido existente. De fato, atualmente 50% da frota brasileira de automóveis utiliza etanol como combustível. Com facilidade este consumo pode aumentar com as vendas elevadas dos veículos Flex e com a elevação dos preços do petróleo.
A nova ordem mundial que se anuncia prevê oportunidades de produção de etanol a partir de países localizados nos trópicos. Inclusive existem propostas de corte no subsídio ao álcool de milho nos EUA e eliminação das tarifas de importação do etanol brasileiro (Pollan, 2008). Mas, esta oportunidade pode escapar pelos dedos. Existe uma corrida mundial para descobrir processos econômicos para transformação de celulose em etanol.
Imaginem o potencial desta tecnologia. Celulose é o composto químico mais abundante no planeta e está presente em toda palha produzida pelas plantas. Sabe-se que a palha da cana-de-açúcar pode ser queimada nas usinas e assim gerar energia para seu funcionamento.
Mas, o valor da palha da cana e de qualquer planta poderia ser muito mais elevado caso pudesse ser transformada em etanol. Esta tecnologia poderia duplicar a produção de etanol por hectare de cana, ou de milho.
Celulose da palha é formada de glicose, que poderia ser transformada em etanol. Mas, a transformação de celulose em glicose requer enzimas muito especializadas. No rumem bovino, por exemplo, há bactérias que produzem enzimas capazes de converter celulose em glicose.
Enzimas são proteínas, as quais são codificadas por genes. As empresas que possuírem patentes do processo, ou enzimas/genes/microorganismos eficientes na conversão de celulose em açúcar deverão ter o poder político e econômico que as empresas petrolíferas hoje possuem.
A tecnologia e a inovação são a solução para a crise de alimentos que enfrenta a humanidade. Algumas empresas multinacionais apostam na biotecnologia como forma de resolver a crise. Ocorre que elas investiram em produtos que reduzem custos dos agricultores e a crise atual necessita de produtos que aumentem a produtividade das lavouras. O caminho está aberto para novos participantes.
Ao longo das últimas décadas, instituições públicas brasileiras como o Ministério da Ciência e Tecnologia, através do CNPq, FINEP e outros órgãos, prepararam a infra-estrutura de laboratórios científicos de Universidades e Instituições de Pesquisa, enquanto que o Ministério da Educação através de nossas Universidades estão batendo recordes de publicações científicas e de formação de Ph.D.s.
Existem mecanismos (programa RHAE do CNPq, por exemplo) para apoiar os primeiros anos do trabalho de Ph.D.s nas empresas. É uma mão-de-obra altamente qualificada que está à disposição do empresário que planeja aproveitar a oportunidade apresentada. Inclusive existem programas de parcerias com Universidades e Institutos de Pesquisa que poderiam ser aproveitadas pelos empresários.
Infelizmente o Brasil é um dos países do mundo que possui poucos Ph. D.s trabalhando na iniciativa privada. Situação muito diferente de Índia, tigres asiáticos e inclusive da China (um país de governo comunista mas com economia de mercado).
Até hoje, poucos empresários brasileiros perceberam que a licença do uso de um processo descrito em uma folha de papel como esta que o leitor esta vendo rende muito mais RECUR$O$ do que caminhões cheios de álcool, ou de soja, ou de minérios. A oportunidade chegou…
Referências
Bradsher, K.; Martin, A. World`s poor pay price as crop research is cut. New York Times, 18/maio/2008. Disponível na internet: http://www.nytimes.com/2008/05/18/business/worldbusiness/18focus.html?partner=rssnyt&emc=rss. Acessado em 22 de maio de 2008.
Ehrlich, E.R. Population bomb. New York: Ballantine Books, 1968. 201p.
Elwell, F.W. T. Robert Malthus`s Social Theory, Disponível na internet: http://www.faculty.rsu.edu/~felwell/Theorists/Durkheim/index.htm. Acessado em 22 de maio de 2008.
Pollan, M. How to Feed the World. Newsweek, 19/maio/2008.
Reuters. Commodity prices are up. The Wall Street Journal, 31/março/2008.
Trostle, R. Global Agricultural Supply and Demand: Factors Contributing to the Recent Increase in Food Commodity Prices. Economic Research Service-USDA, 2008. 30p.
*Ribas Vidal é engenheiro agrônomo, pesquisador do CNPq e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul ([email protected])
**Michelangelo Trezzi é engenheiro agrônomo e professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná ([email protected])