Depois do reajuste dos combustíveis, anunciado na sexta-feira, cumprir a meta oficial de inflação tornou-se uma tarefa praticamente impossível para o governo. Com o impacto dos aumentos, economistas já estimam que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), referência para o sistema de metas do governo, chegará a 5,8% neste ano. A projeção supera o limite superior da meta, que é de 5,5%. Segundo cálculos feitos pela Folha a partir de dados do IBGE, a gasolina terá impacto de 0,28 ponto percentual na inflação deste mês se for repassado ao consumidor todo o aumento na refinaria, de 6,75%, válido desde domingo. O peso do aumento, sozinho, é maior do que toda a inflação de maio (0,21%). No caso do diesel, o impacto será menor: 0,01 ponto, caso chegue às bombas a alta de 9,5%. A Consultoria Tendências e o banco Lloyds TSB esperam um peso da gasolina um pouco menor: 0,22 ponto percentual, pois consideram o repasse de 80% da alta na refinaria. (Folha de SP)
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