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Alltech planeja crescer 22,5% neste ano

A americana Alltech, fabricante de aditivos para nutrição animal, cresceu 21% no Brasil em 2005, embalada pelo avanço das vendas para o mercado de suínos e o aumento da demanda por antibióticos promotores de crescimento. O faturamento chegou a US$ 24,5 milhões em 2005 e deve subir para US$ 30 milhões em 2006, segundo Ari Fischer, diretor da Alltech do Brasil. “O País já é o segundo maior mercado em vendas, atrás apenas dos Estados Unidos, e deverá se transformar, já em 2006, na maior base de produção do grupo no mundo”, diz o executivo, ao se referir à inauguração, prevista para abril, da mais nova fábrica no País.

Batizada de Biotecnologia do Paraná, a nova planta é fruto de uma joint venture com as Usinas Vale do Ivaí S.A. e vai produzir levedura a partir do melaço da cana-de-açúcar. Cada uma das empresas tem 50% de participação no negócio.

A Alltech diz que elevou de US$ 25 milhões para US$ 40 milhões os investimentos na nova fábrica por conta do potencial do mercado no Brasil. A idéia, segundo Fischer, é aplicar mais US$ 45 milhões nos próximos três anos. A previsão é de que, inicialmente, sejam produzidas 50 mil toneladas de aditivos por ano. Do montante, 90% serão exportados para os grandes mercados da empresa, como África do Sul, Tailândia, Europa e Estados Unidos. Até o final de 2006, a perspectiva é elevar a capacidade instalada para 100 mil toneladas por ano, e, em três anos, o volume produzido deve aumentar 100%.

O grupo, que tem 14 fábricas, atuação em 76 países e que obteve faturamento de US$ 300 milhões em 2005 ( 20% mais do que no exercício anterior ) espera elevar as receitas no Brasil a U$ 60 milhões até 2009. Segundo Fischer, o volume não inclui os negócios da Biotecnologia do Paraná, cujas receitas passaram a ser contabilizadas em separado. “Em 2005 crescemos acima do mercado e vamos continuar nesse ritmo”, diz.

A Alltech, que tem sede mundial em Lexington (Kentucky), opera ainda uma fábrica em Araucária, na região metropolitana de Curitiba. Em São Pedro do Ivaí, o principal produto fabricado será o composto de selênio orgânico (batizado de Sel-Plex) utilizado para melhorar a imunidade, o rendimento entre o consumo de ração e peso dos animais e para reduzir a oxidação das células, relacionada ao envelhecimento. O composto já é fabricado em outros países pela Alltech, mas com o milho como principal fonte de fermentação. O produto é indicado para aves, suínos e bovinos

Do total faturado no Brasil, 50% vêm do mercado de aves e 25% do de suínos. Para 2006, a previsão é avançar no segmento de ruminantes, suínos e de aqüicultura, mercado no qual a fabricante ingressou há cerca de um ano e meio. A empresa também tem planos de diversificar a área de atuação, com o ingresso na área de nutrição humana.

O Brasil também deverá sediar, a partir de 2007, um centro de pesquisas, a exemplo dos que já funcionam nos EUA, no México, na Irlanda e na China.