Mercado

Alemanha pode agilizar acordo Mercosul-UE

A ajuda para desbloquear as negociações agrícolas entre a União Européia e o Mercosul pode vir do próprio lado europeu.

A Alemanha está disposta a persuadir seus companheiros de bloco a aceitar a proposta brasileira de mais abertura de mercados. Ao longo do ano, os blocos se reuniram várias vezes sem conseguir deslanchar o acordo. O apoio dos alemães, no entanto, não deverá sair de graça.

Em contrapartida, os negociadores alemães esperam uma oferta clara nas áreas de serviços, compras governamentais e investimentos, temas considerados sensíveis pelo Brasil.

O aceno alemão é uma opção nova que surge às vésperas da data prevista para a conclusão do acordo comercial.

“A Alemanha pode puxar [o acordo] para o lado brasileiro”, disse Peter Scholz, diretor-geral para a América Latina e Caribe do ministério dos Negócios Estrangeiros da Alemanha.

Apesar da retórica de menos protecionismo agrícola, a Alemanha tem interesses no agronegócio. A indústria de açúcar exerce forte lobby no governo.

A Alemanha tem interesse na parceria com o Brasil e o Mercosul. O país quer fazer do Brasil base de entrada de mercados que podem integrar a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).

África do Sul

O Mercosul e a África do Sul devem retomar as negociações comerciais no final deste mês. Na previsão da CNI (Confederação Nacional da Indústria), nova rodada de negociações deve ser agendada para os dias 30 de setembro e 1º de outubro, no Brasil.

As negociações entre os dois blocos começaram em 2000. O objetivo é criar uma área de livre comércio entre a África do Sul e os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai).

No entanto, para a CNI, o acordo poderá ser modesto.