O preço do álcool, considerado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) como um dos fatores que provocaram um Índice de Preços ao Consumidor (IPC) um pouco mais alto para este período do ano, subiu 12,9% na bomba dos postos da capital paulista na segunda semana de janeiro. Apesar do índice de alta, a variação ficou abaixo da verificada na semana anterior (13,4%). Diretamente ligado ao combustível, por conta da composição de 25% de álcool anidro, o preço médio da gasolina dobrou no mesmo período com a elevação passando de 0,60% para 1,2%.
Para o coordenador do IPC-Fipe, Paulo Picchetti, há possibilidade de que ambos os preços destes combustíveis desacelerem. Segundo ele, isto deverá ocorrer por causa da “competitividade” entre os dois produtos e pelo acordo feito entre o governo e os produtores de álcool recentemente. “Não dá para saber a tendência, mas apostamos em um crescimento de preços menor”, destacou.
Na segunda quadrissemana deste mês (últimos 30 dias terminados em 15 de janeiro), o IPC-Fipe detectou alta de 12,82% no preço do álcool e de 1,11% no valor da gasolina. Juntos, os combustíveis contribuíram com 0,10 ponto porcentual do índice de 0,59%.
Litro sobe mesmo depois de acordo
Nesta segunda-feira a Agência Nacional de Petróleo detectou um aumento de 4,5% no preço do álcool ao consumidor mesmo depois do acordo firmado entre o governo e usineiros.