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Álcool está 7,6% mais caro em BH

O preço do litro do álcool, que chegou a R$ 1,39 em maio, já começou a disparar nas bombas. O valor médio do combustível atingiu R$ 1,68 em outubro, uma aceleração de 7,6% em relação a setembro, segundo levantamento do site Mercado Mineiro. A diferença de preço entre os postos também surpreende, chegando a quase 30%. O menor valor encontrado na Região Metropolitana de Belo Horizonte foi R$ 1,48 e o maior, R$ 1,89. Para o motorista que gasta em média R$ 200 por mês, a economia pode chegar a 30 litros, ou R$ 56, considerando o maior preço.

Já a inflação da gasolina foi menor. O aumento no preço médio do combustível comum em outubro foi de 1,38% em relação a setembro. O litro passou de R$ 2,31 para 2,35%. O menor valor foi encontrado em Contagem, onde o produto é vendido a R$ 2,30, ! e o maior, na Região Sul de Belo Horizonte, a R$ 2,47. A partir de agora, motoristas devem ficar atentos no momento de optar entre o álcool e a gasolina. Especialistas estimam que, para compensar, o combustível da cana-de-açúcar deve custar 70% do valor da gasolina. Comparando o preço médio, esse percentual já foi superado em setembro.

A justificativa para o aumento dos preços está na produção em baixa nas usinas. O excesso de chuva nos canaviais respinga nas bombas. Estatísticas da União Nacional da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica) mostram que o volume esmagado na segunda quinzena de setembro é 11% inferior ao do mesmo período do ano passado. Já a produção de etanol acumulada de abril a setembro é de 16,43 bilhões de litros, 3,08% inferior aos 16,95 bilhões produzidos na safra anterior.

Apesar da produção em baixa, a demanda pelo produto ainda é crescente. As vendas do combustível utilizado na frota flex cresceram em setembro 21,2% em relação ao mesmo período d! o ano passado. Mas com a alta dos preços a tendência do consumo deve ser alterada nas próximas semanas. “A produção de álcool no país está menor, por isso, a tendência é de haver um crescimento da utilização da gasolina, fazendo uma regulação natural do mercado. O preço do álcool deve continuar acelerando, para cair novamente no ano que vem, quando é esperado o aumento da produção”, analisa Julio Maria Borges, da Job Economia e Planejamento.

Apesar das chuvas e da queda da safra em setembro, a previsão do setor é de que este ano sejam produzidos 23,7 bilhões de litros de etanol. Quanto às exportações, a maior queda foi registrada no etanol anidro, uma redução de 58,03%, comparando o período de abril a setembro deste ano em relação ao mesmo período de 2008.

Plano de saúde coletivo

Termina este mês o prazo para os planos de saúde coletivos, por adesão e empresariais, se adequarem às novas normas do setor. A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) prorrogou, ! de 15 de outubro para 3 de novembro, a entrada em vigor da regra que limita a oferta dos serviços a entidades que tenham um vínculo com o consumidor, como os sindicatos e fundações. Ficam proibidos os produtos ofertados por associações de bairros, clubes ou lojas de departamento. Os planos terão também um único reajuste ao ano. No país são 39 milhões de usuários do sistema. Os planos odontológicos, que atingem 9 milhões de usuários, também terão que se adequar.