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Álcool e gasolina ajudam a reduzir IPCA para 0,21%

A queda no preço dos combustíveis ajudou a reduzir a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 0,43% em março para 0,21% em abril. Nos quatro primeiros meses do ano, o índice oficial acumula taxa de 1,65%, inferior ao mesmo resultado do ano passado nesse período (2,68%). Nos últimos 12 meses, o acumulado ficou em 4,63%, também abaixo da taxa de 5,32%, registrada nos 12 meses imediatamente anteriores.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o recuo na taxa se deve, principalmente, à maior oferta de produtos agrícolas. Com o início da colheita e comercialização da safra de cana-de-açúcar, o litro do álcool registrou queda de 0,11%. O produto vinha subindo desde julho do ano passado e chegou a registrar alta de 12,85% em março. No ano, a alta acumulada ainda é de 27,41%.

Acompanhando o álcool, a gasolina apresentou o mesmo comportamento e também mostrou queda de preços, de 0,09% (o álcool é usado na mistura da gasolina). No ano, o combustível já subiu 4,50%.

Além dos combustíveis, ficaram mais baratos os preços dos aparelhos de TV, som e informática (-1,26%), eletrodomésticos (-1,06%) e das passagens dos ônibus interestaduais (-1,67%), enquanto os ônibus urbanos mantiveram a estabilidade.

O resultado do IPCA só não foi melhor devido à alta de 2,03% nos remédios – que refletiram o reajuste médio de 5,5% autorizado pelo governo. Foi a maior contribuição individual no IPCA do mês: 0,08 ponto percentual.

Os preços do frango, influenciados pela crise da avicultura, continuaram em queda e ficaram 5,93% mais baratos em abril. Foi a maior contribuição individual negativa do IPCA (-0,04 ponto percentual).