O ano de 2011 está marcado, ao menos por enquanto, como o ano em que Ribeirão Preto, cidade sede do maior polo alcooleiro mundial, não tem nem o açúcar nem o álcool, os dois mais tradicionais produtos da cana-de-açúcar, na lista dos 40 produtos mais vendidos para mercado externo. Embora há alguns anos a cidade não possua mais usinas em seu território, a participação forte desses produtos na balança comercial sempre foi registrada na última década. –
O professor de Economia Antonio Vicente Golfeto, no entanto, acredita que essa situação não deve permanecer dessa forma até o fim do ano. O início da nova safra agrícola, aliado ao fato de que algumas indústrias da cana-de-açúcar, embora tenham usinas em outras cidades, possuem suas sedes em Ribeirão, deve fazer com que álcool e açúcar estejam presentes de forma mais forte na agenda comercial da cidade no segundo semestre. “A diminuição da participação dos dois produtos na balança comercial de Ribeirão é uma realidade, mas eles não irão desaparecer de um ano para o outro”, avalia o professor.
Golfeto ressalta, no entanto, que a tendência, especialmente com a chegada de novas indústrias, é o fortalecimento desse setor na cidade, que tradicionalmente tem pouca participação industrial em sua economia.