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Álcool do bagaço aumenta rendimento industrial em 87%

O poder da multiplicação está batendo à porta de usinas e destilarias do País. Uma mesma área de plantio de cana-de-açúcar deverá proporcionar, daqui a alguns anos, um aumento médio de 87% (quase o dobro) no rendimento industrial da produção de álcool. Esse “salto” na produtividade – considerado inimaginável há alguns anos – já transpõs as formulações teóricas, passou pelos testes laboratoriais e começa a ser incorporado ao dia-a-dia da área industrial. A sua viabilidade ocorre com a utilização do bagaço da cana para a produção de álcool e o emprego da palha para a geração de energia, conforme estabelece projeto da Dedini S/A Indústrias de Base, de Piracicaba (SP) – desenvolvido em parceria com a Copersucar e a Fapesp. Batizado como Dedini Hidrólise Rápida — DHR, esse sistema, que desvendou o caminho para processar o bagaço com eficiência e agilidade, tem tudo para revolucionar o setor.

O DHR – criado pela empresa há dez anos – possui uma planta semi-industrial em funcionamento, desde abril, na Usina São Luiz, pertencente ao Grupo Dedini, em Pirassununga (SP). “Estamos fazendo alguns ajustes, considerados normais em processos pioneiros, para que possamos atingir, nos próximos meses, a meta inicial de produção, que é de cinco mil litros de álcool de bagaço por dia”, informa o vice-presidente de operações da Dedini, José Luiz Olivério. Segundo ele, quando o sistema estiver funcionando a todo vapor – o que deverá demorar alguns anos -, a unidade industrial com DHR poderá produzir o equivalente a 12.000 litros de álcool por hectare de cana colhida. O próprio Olivério é quem faz as contas: “Com uma produtividade de 80 toneladas por hectare, teremos aproximadamente 6.400 litros de álcool produzido a partir da cana e outros 5.600 do bagaço”. Esse cálculo considera que toda a cana está sendo destinada para a produção do álcool.

Confira matéria completa na edição de Julho do JornalCana.

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