Em Alagoas, existem hoje mais de 7 mil plantadores de cana. Destes, 6 mil são mini-fundiários e mini-agricultores, responsáveis pelo maior número de empregos no meio rural – são 240 mil postos de trabalho. Mais da metade destes plantadores sobrevive com uma produção de até 200 toneladas de cana. Os números são da Asplana (Associação dos Plantadores de Cana de Alagoas).
Nos últimos anos, estes fornecedores tentam sobreviver às sucessivas crises do setor, mas existem indicativos de que esta categoria está sofrendo forte redução. Segundo a Asplana, há cerca de duas décadas, este agricultor representava 70% da produção estadual. Hoje, resume-se a 33%.
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Em 2007, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) calculou o custo de produção em R$ 42 por tonelada, mas este ano o preço ficou em torno de R$ 50, enquanto o valor pago pelo mercado é de R$ 36.
Para o senador Renan Calheiros, o País precisa ter uma produção confiável e uma exportação estável, além de uma política de preços mínimos para determinados segmentos, como a cana-de-açúcar. “Esta política permite o acesso dos fornecedores ao crédito dos bancos, à saída da informalidade e viabiliza o crescimento de uma classe média rural que precisa continuar integrada na cadeia da cana no Nordeste”.
