Mercado

AL vai produzir 2,1 mi de toneladas de açúcar

Na ponta do lápis, a safra alagoana de cana-de-açúcar 2003/04, que começa em setembro, já está definida. Somadas, as projeções de cada uma das 28 unidades industriais (usinas e destilarias) em operação no Estado, apontam para uma produção agrícola de 23,5 milhões de toneladas. A estimativa é de um tímido crescimento de menos de 0,5% em relação à moagem anterior, quando foram colhidas 23,397 milhões de toneladas.

Os números do setor sucroalcooleiro alagoano foram apresentados pelo Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Alagoas (Sindaçúcar/AL) durante a “revisão da safra”, encontro que reuniu, no Recife, essa semana, representantes das indústrias do setor de todo o País para uma avaliação da safra 2003/04.

Com 50% da safra já colhida no Centro-Sul e com o Nor-deste iniciando a moagem, a projeção do setor sucroalcooleiro para a safra 2003/2004 é de 340 milhões de toneladas de cana no País, o que representa um aumento de 5,6% em relação à safra passada. A safra nordestina, que está começando este mês, terá crescimento de cerca de 2% (de 5,1 milhões para 53,2 milhões de toneladas).

Exportações – O presidente do Sindaçúcar/Alagoas, Pedro Robério Nogueira, traçou, com exclusividade para a GAZETA DE ALAGOAS, um perfil da safra que está para começar no Estado. Ele acredita na repetição da produção de álcool, queda nas exportações e aumento do volume de açúcar destinado ao mercado interno.

As usinas alagoanas devem produzir 2,1 milhões de tonelada de açúcar – mesma produção da safra anterior. A mudança ficará por conta das exportações. “Na safra 2002/03 exportamos 1,48 milhão de toneladas. Agora devemos exportar 1,33 milhão de tonelada”, afirma Nogueira. A diferença de 150 mil toneladas vai abastecer o mercado interno.

O Nordeste também exportará menos. A expectativa para a região – incluindo Alagoas – é de uma produção de 3,88 milhões de toneladas de açúcar. Desse total, dois milhões de toneladas serão destinadas ao mercado externo ou 200 mil toneladas a menos do que foi exportado na safra 2002/03.

“Essa é uma posição conservadora de exportação, adotada conjuntamente pelo Nor-deste e Centro-Sul, para evitar pressão de preço. É uma decisão nacional do mercado sucroalcooleiro”, explicou.

Álcool – Alagoas e o Nordeste também devem repetir a produção de álcool (de 570 milhões e 1,49 milhão de litros, respectivamente). Essa estimativa, explica o presidente do Sindaçúcar/AL, decorre da avaliação de que a demanda ficará em torno de 1,40 milhão litros. “Com essa produção devemos assegurar o auto-abastecimento e a recomposição do estoque de passagem”, aponta Nogueira. “Como não houve crescimento do consumo, em função do desaquecimento da economia, não vimos necessidade de aumentar a produção de álcool”, afirmou.

Banner Evento Mobile