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AL deve ganhar produtora de etanol celulósico

Para discutir a implantação de uma unidade de pesquisa e produção de etanol de segunda geração em Alagoas, o governador Teotonio Vilela Filho e o secretário de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico, Luiz Otavio Gomes, se reuniram no Sindaçucar/AL, nesta terça (29) com o executivo Bernardo Gradin, presidente da GraalBio Investimentos S.A. A idéia é implantar uma unidade na área centro-sul do estado, onde estão instaladas usinas que representam 65% da produção em Alagoas.

A indústria deverá ser instalada numa área total de 20 hectares, reaproveitando 450 mil toneladas de cana-de-açúcar, cerca de 60 mil litros de etanol de segunda geração por mês. Até o final do ano, um novo encontro será realizado entre os produtores e o executivo, que vai fazer uma apresentação de todo o planejamento científico, comercial, e operacional traçado pela GraalBio.

O governador Teotonio Vilela Filho explica que o governo do Estado pode e deve apoiar medidas desse tipo, capazes de promover a expansão de um setor já consolidado e que é a grande força econômica de Alagoas. “O debate aqui realizado mostra a constante preocupação de promover e utilizar a inovação tecnológica como forma de garantir o desenvolvimento econômico e social dos alagoanos”, pontuou.

Além da localização estratégica, a escolha por Alagoas, segundo o executivo Bernardo Gradin, é atribuída ao fato de o estado ser o segundo maior produtor regional – 30 milhões de toneladas por ano – e responsável por 55% da cana comercializada em todo o Nordeste.

Gradin ressalta ainda que o planejamento da empresa aponta a implantação de três centros de pesquisa, sendo um em Alagoas, outro no estado de São Paulo e outro nos Estados Unidos. A previsão é que até o primeiro trimestre de 2012 todas as questões técnicas já tenham sido discutidas.

O presidente do Sindaçúcar/AL, Pedro Robério Nogueira, afirma que é importante que seja aberto o espaço para que os empresários e produtores envolvidos com a cana-de-açúcar possam alinhar seus posicionamentos, além de enriquecer a construção e viabilidade de execução do projeto. “O sindicato se coloca à disposição para apoiar qualquer iniciativa que beneficie e garanta o desenvolvimento do setor”, conclui.

A recém-criada GraalBio , trabalha no desenvolvimento de plantas industriais, novos cultivos, pesquisa e desenvolvimento de licenças, além de promover alianças com empresas que estão produzindo a tecnologia e conversão e transformação de biomassa. Em Alagoas, a GraalBio pretende investir em inovação voltada para as áreas de bioquímicos e bicombustíveis, através do reaproveitamento do bagaço da cana-de-açúcar, implantando tecnologia para aplicação e melhoria da biomassa.