Mercado

Agronegócio: açúcar guarani deve aumentar produção para 20 mi ton até 2012

Com seis unidades industriais, sendo cinco no Brasil, e uma em Moçambique, na África, além de um projeto greenfield no município de Pedranópolis, em São Paulo, a Açúcar Guarani prevê o processamento de 20 milhões de toneladas de açúcar até 2012, com o funcionamento regular de todas as unidades. “Em 2011 ou 2012, pretendemos chegar a 20 milhões de toneladas de cana processadas, um aumento de 7 milhões em relação a este ano. Apenas Tanabi deverá produzir 6 milhões, São José deverá aumentar de 2 milhões para 4 milhões de toneladas e teremos mais 2 milhões com a unidade de Cardoso.

Nossa visão é que em cinco anos ela deve processar 2 milhões de toneladas, mas nosso plano estratégico é contar com o processamento de 4 milhões de toneladas”, comentou, há pouco, Reynaldo Benitez, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, em teleconferência com o mercado.

A companhia, no entanto, postergou os planos referentes à produção em Cardoso, por conta do cenário de preços desfavorável. Na média do segundo trimestre fiscal de 2008, os preços veículo-usina (líquidos de impostos) atingiram na média 583,3 R$/m para o etanol hidratado e 674,4 R$/m para o etanol anidro. Segundo a empresa, é necessário lembrar que o preço médio de etanol hidratado do primeiro semestre (R$ 585,0/m) está impactado negativamente em virtude de contratos previamente existentes na unidade Andrade, com preços inferiores às médias efetivamente praticadas no mercado no período.

“Neste nível, uma unidade nova não é viável. Numa visão de longo prazo, poderíamos destinar uma unidade em Moçambique e obter retornos maiores do que os obtidos no Brasil. Até o ano que vem, devemos contar com uma visão mais clara do cenário. Guarani teria mais flexibilidade redirecionando a produção para Moçambique. Postergar Cardoso é não começar, adiar para ter um momento certo.

Mas se o cenário se reverter, poderemos ter, em cinco anos, 2 milhões de toneladas na unidade”, complementou o executivo. De acordo com Benitez, a decisão de iniciar ou não a produção em Cardoso será adotada até junho do ano que vem.