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Agricultores ecológicos dizem não aos transgênicos

Mais um segmento econômico do Paraná demonstrou apoio à medida tomada pelo superintendente da APPA – Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina, Eduardo Requião que proibiu a estocagem e embarque de soja transgênica nos portos do Estado, seguindo orientação da lei estadual que proíbe o plantio, o transporte, a comercialização de soja geneticamente modificada pelo Porto de Paranaguá. Desta vez, a AOPA – Associação de Agricultura Orgânica do Paraná, entidade que congrega cerca de 250 famílias de produtores residentes na região metropolitana de Curitiba, disse não aos transgênicos.

“As atitudes do governador Roberto Requião e do superintendente da APPA foram extremamente felizes, pois somos contrários à entrada de transgênicos no Paraná, porque a produção e a qualidade ecológica ficariam seriamente comprometidas”, disse Rogério Suniga Rosa, coordenador técnico da AOPA. Segundo ele, estudos revelam que uma vez contaminado pelos produtos geneticamente modificados, o meio ambiente não se regenera e as espécies nativas são perdidas.

A preocupação com a economia do Paraná foi a tônica defendida pelo superintendente da APPA desde que a lei foi sancionada no início de outubro. “Sabemos o que os compradores internacionais buscam, ou seja, qualidade e produção de um Estado que se mantém firme em seus propósitos em não atender interesses que não sejam o do fortalecimento da sua economia de forma racional, sem desrespeitar seu ecossistema”, disse o dirigente portuário.

Essa mesma preocupação norteou o posicionamento da AOPA. “O Brasil é o segundo produtor de soja e o maior exportador do produto do mundo; conquistamos esses patamares em função do diferencial de não movimentarmos transgênicos e, se fosse ao contrário, perderíamos esse diferencial positivo nos mercados europeu e chinês, principalmente”, explicou o coordenador técnico da AOPA.

A Associação de Agricultura Orgânica do Paraná é um dos 21 núcleos integrantes da Rede Ecovida de Agroecologia, composta por 2500 famílias de agricultores “ecológicos”, aqueles que produzem sem agrotóxicos ou adubos químicos. No Paraná, os produtores da AOPA cultivam principalmente hortaliças e grãos. “A luta do Governo do Estado e do Porto de Paranaguá é também uma luta nossa”, finalizou Rogério Rosa. (Fonte: ASSCOM – APPA)