Evandro Gussi*
A produção agropecuária brasileira tem se tornado, dia após dia, um símbolo de sustentabilidade.
Em nosso caso, de modo especial, contribuímos com a redução das emissões, produzindo etanol e bioeletricidade, fontes energéticas limpas e renováveis, que transformaram a qualidade do ar das cidades brasileiras e contribuíram para termos a mais limpa matriz energética do mundo.
Eliminamos a queima da palha para a colheita da cana, hoje mecanizada, e promovemos um dos maiores programas de recuperação de vegetação nativa – o Etanol mais verde.
Por tudo isso, somos, entres as maiores nações, o único país que caminha a passos largos para o cumprimento das metas do acordo de Paris e, com o RenovaBio, iremos ainda mais longe.
Ainda que toda a cana produzida esteja muito distante da Amazônia (90% no Centro-Sul), temos assistido aos eventos e à repercussão do desmatamento e das queimadas no norte do país com a atenção devida, já que a impressionante cobertura vegetal nativa brasileira (superior a 60%) é um dos mais importantes ativos nacionais e modelo para os países castigados pela devastação de seus próprios recursos naturais.
Reconhecemos o compromisso e o esforço do governo brasileiro para coibir atos criminosos, bem como para punir aqueles que depreciam nosso patrimônio ambiental e nossa imagem.
Rechaçamos, por outro lado, todas as tentativas de imputar ao governo federal inércia e condescendência com tais práticas criminosas. Somos testemunhas de que não se tem medido esforços para que esses problemas cessem.
Quanto ao Ministro Ricardo Salles, conhecemos bem seu inequívoco compromisso com a preservação de nossas riquezas naturais.
Ricardo Salles foi Secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, estado com 50% da produção nacional de cana-de-açúcar, e foi conhecido e reconhecido por seu rigor na aplicação das leis ambientais, praticamente eliminando os lixões que infestavam o estado e contribuindo para um dos maiores processos de recuperação de vegetação nativa do mundo.
No momento atual, como Ministro do Meio Ambiente, tem capacidade e coragem para enfrentar tais desafios.
A UNICA entende que precisamos de um amplo consenso nacional, somente ele fará com que eliminemos os problemas reais e também as falsas acusações que nada têm de inocentes.
Colaboraremos com as autoridades e os demais atores da iniciativa privada para que o Brasil continue sendo sinônimo de produtividade e proteção ambiental e seja defendido de acusações falsas, elaboradas, o que é pior, por aqueles que têm lições domésticas importantíssimas a fazer.
*Presidente da UNICA, União da Indústria de Cana-de-Açúcar