A demanda por biocombustíveis por parte da África do Sul deve disparar durante os próximos três anos à medida que leis referentes à mistura de combustíveis alternativos à gasolina e ao óleo diesel entrarem em vigor, segundo a Ethanol Africa Ltd. Até 2010, é provável que o país precise produzir cerca de 900 milhões de litros de combustíveis a partir de grãos, oleaginosas e cana-de-açúcar, disse Johan Hoffman, principal executivo da Ethanol Africa, que está construindo as primeiras usinas de etanol do país africano.
A África do Sul não produz biocombustíveis comercialmente, mas o Parlamento do país deverá determinar que os combustíveis automotivos sejam misturados com etanol ou biodiesel a partir de 2007. A alta de 44% dos preços do petróleo nos últimos dois anos e a necessidade de reduzir as emissões de dióxido de carbono levaram o país a seguir o exemplo dos EUA e da Europa no estímulo à utilização de biocombustíveis.
“A África do Sul terá de construir oito usinas de biodiesel e 20 usinas de etanol”, disse Hoffman na Conferência Mundial do Etanol, realizada, no início deste mês em Amsterdã, na Holanda. A exigência da mistura criará uma demanda por 685 milhões de litros de biodiesel e por 200 milhões de litros de etanol até 2010, disse Hoffman.
A Ethanol Africa está planejando construir oito usinas de etanol até 2012. A primeira, em Bothaville, sua cidade de origem, está sendo construída ao custo de € 70 milhões (US$ 90 milhões) e começará a produzir 160 milhões de litros por ano a partir de 2008, disse Hoffman. A África do Sul oferecerá o segundo menor custo mundial para a produção de etanol, disse Hoffman. O país fabricará o combustível ao preço de US$ 0,82 por galão a partir do milho e de US$ 1,65 a partir da cana-de-açúcar. O Brasil produz o combustível a partir da cana-de-açúcar, a US$ 0,81, e a União Européia a partir de beterraba, a US$ 2,89. Um galão equivale a 3,785 litros.