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Adoção de etanol de cana ainda é dúvida no exterior

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Muitos países ficam reticentes em adotar o etanol de cana-de-açúcar, pois atualmente só o Brasil tem condição de produzir em larga escala. Essa é a opinião do pesquisador do Icone (Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais), Marcelo Moreira, que defende oaumento do número de nações produtoras de etanol para incrementar a disponibilidade do produto no mercado. “Podemos exportar a tecnologia para outros países em desenvolvimento, como os da América Latina, África e Ásia. Seria uma competição saudável”, avalia.

Segundo um relatório divulgado em julho peloIcone, em pesquisa realizada este ano em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), aChina é um mercado consumidor com grande potencial, mas incerto. “Depende muito da decisão do governo chinês sobre a ampliação do uso da energia limpa nos transportes”, explica.

Segundo ele, a União Europeia também é um mercado potencial, mas tem uma legislação sobre combustíveis “verdes” muito ambígua, o que permite aos governos locais criarem mecanismos de proteção de importação de etanol de acordo o cenário econômico no momento.

Ele lembra que apesar dos mercados incertos, o dos Estados Unidos é promissor.“Entre todos os tipos de biocombustíveis classificados pelo governo dos EUA, o único que é produzido em larga escala é o etanol brasileiro”, diz Marcelo Moreira, pesquisador do Icone.

Moreira explica que a Agência de Proteção ao Meio Ambiente (EPA) dos Estados Unidos, estabeleceu uma meta da quantidade de combustíveis “verdes” que deverão ser consumidos pelos norte-americanos até 2022, em substituição à gasolina.