A produção da fábrica de açúcar de Xinavane, província de Maputo, tem vindo a crescer continuadamente devendo atingir 180 mil toneladas em 2009 contra 61 mil em 2005, afirmou António Ferronha, director financeiro da empresa.
Citado pelo jornal Notícias, de Maputo, Ferronha adiantou que a empresa pretende colocar esta campanha 74 mil toneladas de açúcar nos mercados interno e externo.
A fim de alcançar a meta de 2009, o complexo industrial vai beneficiar de um investimento de mais de 100 milhões de dólares, garantido pelos accionistas, a Tongaat-Hulett da África do Sul (com 88 por cento) e o Estado moçambicano (12 por cento).
Este programa de expansão visa, essencialmente, aproveitar a oportunidade criada pela União Europeia que está a abrir o seu mercado à colocação do açúcar produzido nos países-membros de África, Caraíbas e Pacífico (ACP) a preços competitivos, no quadro do EBA Everthing But Arms (Tudo Menos Armas).
Para este ano, a companhia prevê usar cerca de 680 mil toneladas de cana produzida pela açucareira, para além de outras quantidades que normalmente são cultivados por privados.
Para o ano que vem, vamos expandir a agricultura e plantar mais seis mil hectares de cana, o que vai trazer mais postos de trabalhoâ€, perspectivou António Ferronha, director financeiro da Açucareira de Xinavane.
Estima-se que até 2009 a produção da cana atinja 1.5 milhão de toneladas numa área de 12 mil hectares.
Neste momento, a Açucareira de Xinavane, uma das maiores fábricas do sector no país, emprega mais de cinco mil trabalhadores, entre efectivos e sazonais, número que se espera venha a subir consideravelmente, tendo em conta o volume de investimento que vai ser direccionado para esta unidade industrial.