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Açúcar: movimento de baixa completa um ano

O preço do açúcar negociado na Bolsa de Nova York completou um ano movimentando-se em níveis baixos. A cotação dos contratos com vencimento em maio saiu da casa dos US$ 9 a tonelada em fevereiro de 2003 para US$ 5 no mês passado.

“A pressão baixista está ligada à expectativa de um excedente na oferta brasileira e de demanda internacional reduzida, ocasionada sobretudo pelos elevados custos dos fretes marítimos”, disse Patrick Funaro, da Fimat Futures, em São Paulo.

Neste início de mês, as cotações voltaram a dar sinais de recuperação, com um forte movimentação de contratos na bolsa no período de rolagem de posições entre os contratos de março e maio.

O segundo vencimento fechou a US$ 6,12 a tonelada no pregão de ontem da bolsa, ante à mínima de US$ 5,28 a tonelada registrada em 12 de fevereiro.

“Outro fator que deu alguma sustentação às cotações foi o fato do mercado comentar um aumento de safra menos expressivo para o Centro-Sul do Brasil”, disse Funaro.

Segundo o corretor, os operadores cogitavam inicialmente um volume de 320 a 340 milhões de toneladas para a safra da região brasileira, ante às 300 milhões do ano passado. Mas, neste momento, os rumores seriam de uma produção de 305 a 315 milhões de toneladas.

“Falta chuva no noroeste paulista e no norte paranaense e isso acaba amenizando momentaneamente a pressão de queda. Mas, numa avaliação de longo prazo, o mercado aguarda a definição sobre a safra que começa em maio no Centro-Sul para confirmar ou reverter a baixa que persiste há um ano”, completou o corretor da Fimat Futures.