Alta na sexta-feira não foi suficiente para compensar perdas da semana. O preço do açúcar fechou a semana em forte alta em Nova York. O contrato com vencimento em julho subiu 2,13%, para 16,32 centavos de dólar por libra-peso. Apesar da valorização, a commodity recuperou apenas parte das perdas acumuladas na semana. O resultado do período foi uma queda de 3,43%. Em março, o recuo se aproxima de 5%.
De acordo com o analista da Fimat Futures, Fernando Martins, a recuperação da sexta-feira deve-se, em parte, a notícias de que o Iraque deve fazer uma compra de aproximadamente 500 mil toneladas de açúcar nos próximos dias. Um movimento técnico também colaborou para a alta. “Tradings e locais abriram o dia comprando posições, aproveitando as cotações mais baixas, o que ajudou a dar sustentação para o mercado”, explica.
Para o analista, os preços não devem, contudo, demonstrar fôlego para a próxima semana. Do ponto de vista técnico, observa, os fundos ainda estão muito comprados, o que deve pressionar negativamente os preços. “Fundos vêm liquidando suas posições e isso coloca o mercado em uma posição de baixa”, afirma Martins.
Milho
Os contratos de milho com vencimento em maio apresentaram alta de 1,08% nesta sexta-feira, cotados a 234,50 centavos de dólar por bushel (US$ 5,54 a saca) na Bolsa de Chicago, apesar do relatório de oferta e demanda divulgado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) sugerir queda nas cotações. “O mercado já havia antecipado o relatório negativo, por essa razão os preços não sofreram impacto”, avalia o analista Steve Cachia, da Cerealpar. Na semana, o milho acumulou desvalorização de 2%.