A produção de açúcar na Grécia, Irlanda, Itália e Portugal deve diminuir gradualmente até acabar completamente depois que a União Européia completar a reforma do setor do açúcar, afirma um estudo interno feito no bloco europeu.
O bloco deve apresentar uma proposta de lei para a reforma do setor na quarta-feira, pela qual os preços mínimos do açúcar refinado serão reduzidos em 39% para 385 euros por tonelada, com entrada em vigor nos próximos dois anos. Os preços do açúcar de beterraba serão cortados em mais de 42%.
Dependendo da eficiência dos produtores da República Tcheca, Finlândia, Hungria e Espanha na produção de açúcar de beterraba, esses países também correm um sério risco de perder a produção de açúcar em algumas regiões.
Se a produção de açúcar para exportação cessar em todos os países produtores da UE, que não nos oito principais, a produção do bloco cairá em mais de 26% para cerca de 4,368 milhões de toneladas.
O estudo é baseado na média de preços e nos níveis de produção em 2003/04. “Se os preços do açúcar caírem abaixo dos custos de produção, a indústria não terá alternativas além de para a produção.”
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Como resultado dessas mudanças os produtores mudarão para safras mais rentáveis como o trigo, cevada e o milho.
A análise aponta, contudo, que o açúcar de beterraba deveria passar a ser classificado como safra não destinada à alimentação, sendo possível ainda ser qualificada como safra para recursos energéticos, assim receberia os subsídios fornecidos pela Política Agrícola Comum.
As indústrias de açúcar poderão vender suas cotas de volta para o bloco europeu a 730 euros/tonelada. O estudo estima que a cota de exportação de 5,2 milhões de toneladas será revendida durante os primeiros dois anos da reforma, o que deve levar a produção total de açúcar da U.E. para 12 milhões de toneladas até o fim do novo regime, em 2012/2013.
A Bulgária, que se tornará membro do bloco, deverá manter sua produção, porém a da Romênia deve cair bastante.
A União Européia deve anunciar também na quarta-feira um pacote de medidas de suporte para os países produtores de açúcar na África, Caribe e na região do Pacífico . Os demais países que exportam para o bloco não receberão nenhum tipo de ajuda. As informações são da Dow Jones.
