O Brasil, maior produtor de açúcar do mundo, pode atrair mais investimentos do exterior devido aos custos relativamente baixos de produção, disse a Organização Internacional do Açúcar (ISO, na sigla em inglês).
Mais de 20 grupos de fora do Brasil participam do negócio de moagem de cana-de-açúcar em comparação à ausência deles uma década atrás, disse ontem a organização voltada para o açúcar, que tem sede em Londres.
O custo de produção de açúcar do Brasil é de US$ 12 centavos por libra (453,5 kg), cerca de 20% mais barato que os índices futuros de Nova York, de acordo com o relatório. “É provável que um alto nível de entrada de investimento estrangeiro direto na indústria de cana brasileira, resultando no acesso a crédito mais barato, combinado com uma indústria com rápida consolidação por meio de fusões e aquisições, é continue a dar ao Brasil uma margem adicional em relação a out! ros atores do mercado de médio a longo prazo”, disse o relatório.
No Centro-Sul do Brasil, os produtores de açúcar estimam o lucro bruto de US$ 1.600 por hectare, segundo maior das safras concorrentes. A soja e o milho rendem US$ 911 e US$ 630 por hectare, respectivamente, disse Leonardo Bichara, economista da ISO.
“O café produz ganhos maiores que a cana”, disse ele. “Contudo, ele não compete por terra na mesma escala”. O uso da cana para produzir etanol não tem tido efeito sobre os preços do açúcar e dos alimentos em geral.