Preços baixos atraem compradores e cotação volta a subir na sexta-feira. As cotações internacionais do açúcar recuperaram-se nesta sexta-feira. Na Bolsa de Nova York, o contrato com vencimento em julho subiu 1,81%, para 16,90 centavos de dólar por libra-peso.
A alta foi sustentada pela compra de casas comerciais, que estão recompondo suas posições. Para o analista da consultoria Safras & Mercado, Gil Barabach, trata-se de um movimento técnico, motivado pelas perdas nos dias anteriores. Apesar da elevação, o saldo da semana foi negativo. No período, a commodity sofreu desvalorização de 5,05%.
Para Barabach, a tendência para o mercado de açúcar é “claramente” baixista, apesar de algumas incertezas. “Os preços estão altos e a safra brasileira de cana aproxima-se da colheita. Tão logo seja normalizada a oferta, é natural que as cotações busquem patamares mais baixos”, explica.
Com a escassez de álcool no Brasil, a tendência é que a primeira parte da colheita seja destinada à produção do combustível, em detrimento da de açúcar. Mesmo assim, opina Barabach, dificilmente haja sustentação para elevações em Nova York.
Trigo
Os contratos de trigo com vencimento em maio apresentaram alta de 1,18% nesta sexta-feira, cotados a 385 centavos de dólar por bushel (US$ 8,49 a saca) na Bolsa de Chicago. Na semana passada, a valorização foi de 1,31%.
Segundo o analista de commodities Steve Cachia, da Cerealpar, os preços foram influenciados pelo clima nos Estados Unidos, que continua seco principalmente nas planícies onde o trigo de inverno se desenvolve. “Há previsão de chuvas, mas mesmo assim o mercado considera a situação preocupante”, afirma.