Os preços da gasolina e do álcool no País completaram a terceira semana de estabilidade, sem repasse para o consumidor da redução promovida pelos usineiros em acordo celebrado com o governo no mês passado.
Segundo a pesquisa semanal de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), gasolina e álcool hidratado fecharam a semana passada com preços médios de R$ 2,499 e R$ 1,735, respectivamente. A ANP ainda não detectou variações no preço do gás natural veicular (GNV) em São Paulo, produto cujo reajuste foi autorizado em 1º de fevereiro.
Em São Paulo, os preços médios da gasolina e do diesel também se mantiveram estáveis, em R$ 2,378 e R$ 1,527, respectivamente. Em janeiro, o governo chegou a um acordo com os produtores de álcool na tentativa de conter a escalada de preços, provocada pela entressafra e pelo aumento das vendas para veículos bicombustível.
A gasolina também vinha sofrendo impacto, já que a fórmula vendida nos postos tem 25% de álcool anidro. Na ocasião, foi determinado um teto de R$ 1,05 para o litro de álcool anidro e de R$ 0,95 para o litro de álcool hidratado, sem contar impostos e margens de lucro de distribuidoras e postos.
GNV
Apesar de o governo de São Paulo ter aprovado o repasse dos reajustes do preço do gás natural feitos pela Petrobrás desde setembro, o preço do GNV no Estado ficou estável em R$ 1,058 por metro cúbico na semana passada.
As distribuidoras paulistas de gás encanado foram autorizadas a aumentar em 11,8% o preço do combustível, o que daria um repasse médio de 6%, segundo a Comissão de Serviços Públicos de Energia (CSPE).
O vice-presidente-executivo do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, disse que as empresas do setor já receberam os novos preços, e algumas já repassaram aos postos. “Mas, como o reajuste foi repassado no final da semana, pode ser que não tenha sido captado pela pesquisa.” A expectativa é que o levantamento desta semana já indique qual foi o repasse feito pelos postos.