A formação da joint venture entre o Grupo Cosan e a Shell International Petroleum, anunciada nesta segunda-feira (1º), abre uma perspectiva importante e positiva para a expansão da presença global do etanol brasileiro. A opinião é do presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank.
“A parceria gera escala, eficiência e tecnologia, o que certamente contribui para que o etanol brasileiro conquiste mais espaço no mercado mundial e supere os obstáculos que ainda atrapalham o seu crescimento em mercados protecionistas”, disse o executivo.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração do Grupo Cosan, Rubens O. Silveira Mello, a joint venture, avaliada em US$ 12 bilhões, criará uma empresa com faturamento anual estimado em R$ 40 bilhões. “É uma tentativa de fazer o álcool se transformar num combustível mundial”, disse Rubens.
A nova companhia terá capacidade para produzir 2 bilhões de litros de etanol por ano. O volume ainda ficará abaixo do consumo, superior a 3 bilhões de litros do biocombustível, na rede de postos resultante da parceria.
O valor da Cosan subiu quase R$ 1 bilhão na bolsa – de R$ 8,7 bilhões na sexta-feira para R$ 9,6 bilhões ontem (1º). De acordo Rubens, a nova empresa ficará entre as 15 maiores companhias do País. O controle será compartilhado, com 50% para cada parte.