CONSENSO: Eurides Camargo Benez, da Alcoazul: acordo judicial foi firmado no mês passado
Um acordo solucionou um impasse entre acionistas da Usina Alcoazul, de Araçatuba, e o empresário José Pessoa de Queiroz Bisneto, presidente do Grupo J.Pessoa.
O acordo, firmado no mês passado e protocolado na Justiça Estadual, extinguiu as ações judiciais relacionadas com a pretendida venda da companhia Alcoazul.
De acordo com o diretor presidente da Alcoazul, Eurides Luiz Camargo Benez, em dezembro de 2002, parte dos acionistas da usina resolveu vender 46,21% de ações, mas não respeitou a lei das sociedades anônimas, que prevê que o acionista vendedor ofereça o bem primeiro aos outros sócios, o chamado direito de preferência.
“Os outros acionistas tinham interesse em comprar as ações, mas o negócio foi fechado com o Grupo J.Pessoa”.
Com a desistência das ações judiciais, os acionistas que tinham interesse na compra, depositaram o valor do negócio em juízo, o que definiu a posse das ações e as cotas do quadro societário que forma a usina Alcoazul.
As decisões sobre a extinção dos processos ainda não foram publicadas em função da greve do Judiciário, iniciada em 30 de junho.
Notícias Relacionadas
O diretor comercial do Grupo J.Pessoa, Fernando Perri, disse que a diretoria da empresa optou por sair do negócio porque as ações demorariam muito para serem julgadas pela Justiça. “Tínhamos interesse na usina, mas não deu certo.
A demora no julgamento das ações prejudicaria não só a empresa, mas também todos os que estavam envolvidos no negócio, por isso optamos pelo acordo”, afirmou Perri.
Segundo Benez, a administração da usina continua a mesma após o acordo, já que mesmo com a compra, o grupo J. Pessoa não chegou a gerir o negócio.
O quadro acionário foi mantido, com os acionistas remanescentes: Aralco S/A; Edmea Carvalho Affonso; Eurides Benez; Eurides Luis Camargo Benez; Jamil Rezek; Jamil Rezek Junior; e Mauro Sergio Camargo Benez.
A usina Alcoazul foi fundada em 1980 e possui cerca de 1.130 funcionários nas áreas industrial e rural. Da produção, 60% é de álcool (anidro e hidratado) e 40% de açúcar. Nesta safra, estão sendo moídas 1 milhão de toneladas de cana-de-açúcar, o que dá 6 mil toneladas/dia.
“A usina tem capacidade de processar 2 milhões de toneladas de cana, o que pretendemos para a próxima safra”, afirmou Erli Rodrigues da Costa, diretor superintendente.
