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Acionistas optam por majoritários da Vale do Rosário

Uma reunião ocorrida nesta terça-feira (13/02), em Ribeirão Preto (SP), com cerca de 80 acionistas da Cia. Vale do Rosário (CAVR), de Morro Agudo (SP), pode mudar os rumos da negociação das ações de parte de seus acionistas.

Os acionistas Cícero Junqueira Franco (vice-presidente da CAVR) e Luiz Biagi (da empresa B5), que tinham direito de preferência na compra das ações, nas mesmas condições oferecidas pelo grupo Cosan a 50,2% dos acionistas da empresa, deverão exercer o direito de preferência pela compra dessas ações, de acordo com o estatuto da companhia.

Esses acionistas pretendem dar seguimento ao projeto de fusão entre a Vale do Rosário e a Companhia Energética Santa Elisa, o que resultará na formação do segundo maior grupo sucroalcooleiro do país, com capacidade para moagem de cana-de-açúcar acima de 20 milhões de toneladas por safra e a consolidação do controle da trading Crystalsev. Faz parte do objetivo dos acionistas a futura abertura de capital do grupo e a adesão aos modernos princípios de governança corporativa estabelecidos pelo regulamento do Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.

A operação conta com a assessoria financeira do Banco ING e Rabo Bank, que coordenaram uma proposta de financiamento do Banco Bradesco, que ofereceu as garantias financeiras necessárias ao exercício do direito de preferência e aquisição das ações ofertadas pelo grupo de acionistas que havia recebido proposta de venda para a Cosan.

Além destas ações, o grupo adquirente garantiu aos outros acionistas da Vale do Rosário o direito de exercer opção de venda de suas ações pelo mesmo preço e condições do exercício da preferência.

O valor da companhia que serviu de base para a negociação é de R$ 1,690 bilhão. Dessa forma, o financiamento do Bradesco poderá chegar a R$ 1,350 bilhão, uma vez que o grupo formado por Cícero Junqueira e família, juntamente com Luiz Biagi, representa cerca de 20% do capital da Vale do Rosário.