Mercado

A TODO VAPOR!

img6888

Há alguns anos, as usinas descobriram que uma das fontes mais importantes de geração de energia do país, não seria apenas utilizada para uso interno das unidades, mas para a venda. A biomassa da cana, que hoje não apenas se resume em bagaço, tem um potencial ainda maior no campo com a exploração das pontas e da palha. Além das usinas sucroenergéticas, outras empresas também descobriram que poderiam investir nesse potencial, como é o caso da CPFL Renováveis. Apesar da crise que afligiu o setor nas últimas safras, a geração de renda a partir da biomassa é um investimento ainda não totalmente explorado, mas lucrativo e continua sendo alvo de novos projetos que entrarão em operação em 2013, como é o caso das UTE Cachoeira Dourada, de Goiás; da UTE Paulicéia, de São Paulo e de duas novas UTEs da CPFL, a Bio Coopcana do Paraná e a Bio Alvorada, de Minas.

A diversificação foi um dos principais atrativos que levou a CPFL Renováveis investir nas parcerias com usinas sucroenergéticas. Somando as quatro fontes de energia renovável em que a companhia atua – PCHs, parques eólicos, biomassa e solar (com a recém-inaugurada usina de Tanquinho, em Campinas – SP) – o portfólio da CPFL Renováveis conta com 1.154 MW em operação. Desse volume, a cogeração de energia da cana, com as seis unidades em funcionamento e mais duas que entrarão em operação no segundo trimestre de 2013, representará 32% do potencial gerado pela empresa. “Hoje há um equilíbrio entre fontes hidráulicas e térmicas, e a energia eólica lidera o ranking de potência instalada da empresa, com 550 MW. Pensamos na diversificação de nossos ativos já que o setor elétrico brasileiro é fundamentado no recurso hidráulico. Sabemos da necessidade da diversificação e operação integrada com outros recursos como vento, sol e biomassa. A combinação dos potenciais energéticos permite mitigação de riscos setoriais”, lembra João Martin, diretor de engenharia e obras da CPFL Renováveis.

Segundo ele, no final do ano a capacidade de operação hidráulica será próxima a da térmica. “Essa companhia cresce diversificando, atuando em estados diferentes e pulverizando projetos. Temos interesse de continuar crescendo na linha da biomassa e ampliar nossa condição de matriz diversificada. As oito plantas em operação contaram com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão, um recurso relevante para a empresa”, reforça.