A geração de eletricidade a partir da biomassa da cana-de-açúcar irá crescer em 2020?
Para responder à pergunta, JornalCana entrevistou Diogo Ferrini, engenheiro de tecnologia e regulação da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).
Segundo Ferrini, as perspectivas de crescimento da bioeletricidade existem.
“[Existem] principalmente devido ao programa RenovaBio, que vista estimular o uso de combustíveis renováveis como o etanol”, destaca.
A maior produção do biocombustível, emenda, “poderá aumentar o volume de bagaço de cana para uso em cogeração de energia”, explica.
As termelétricas de usinas de cana terão, em maio, oportunidade de comercializar eletricidade de cana no leilão denominado A-4.
Nesse leilão, participam empreendimentos novos e a entrega da energia contratada será entregue a partir de 2024.
O leilão é realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e está marcado para 28/05 próximo na sede da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Será por meio de sistema eletrônico.
As termelétricas à biomassa concorrerão com novos empreendimentos de geração de fontes hidrelétrica, eólica, e solar fotovoltaica.
Conforme o engenheiro da Cogen, o leilão A-4 tem um número razoável de projetos de biomassa cadastrados, “porém é preciso aguardar os resultados.”
“Mas um eventual resultado positivo não significa crescimento ainda este ano, uma vez que os projetos vencedores só entrarão em operação até 2024”, emenda.
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Geração de eletricidade da cana: 77% das biomassas
Segundo levantamento da Cogen, a capacidade atualmente instalada de eletricidade de biomassa é de 11,5 gigawatts (GW).
Desse montante, a entidade destaca que 77% são de biomassa de cana, ou seja, bagaço e palha.
Abs