O presidente Lula quer lançar a cúpula do biocombustível. O mundo vive à base das cúpulas da Opep, que controla o petróleo. Com o Restígio em alta do etanol, Lula planeja mudar o eixo das atenções para a chamada energia limpa, em que o Brasil vem se projetando. Lula já tem data para a primeira conferência: sairia já em 2008 com uma pauta que inclui todo e qualquer tipo de combustível vegetal – à base de milho também. Tenta atrair o parceiro americano para a idéia. Afinal, o know-how dele está no milho, enquanto o projeto aqui anda movido a cana. Com o dinheiro dos EUA, qualquer idéia de cúpula prospera. Lula não quer apenas apoio. Tenta a duras penas uma queda nos subsídios agrícolas americanos para facilitar a entrada do “ouro líquido” brasileiro e outras maravilhas nacionais do campo. Bush nem cogita. Durante o encontro que precedeu a fala de Lula na ONU, Bush foi só sorrisos. É aquele sorriso meio matreiro, de quem concorda discordando. Lula, porém, aposta que vai conquistar a atenção de vários outros parceiros internacionais vidrados com o desempenho do etanol. Levanta com o etanol uma bandeira que está na moda. Biocombustível é sinônimo de preservação ambiental. Tem tudo a ver com a propalada sustentabilidade. Vai na direção de evitar o aquecimento global. É, enfim, o achado do século. Diante de representantes de 192 países, na conferência de abertura da ONU, ofereceu: o Brasil quer sediar o que ele chamou de “Rio+20”. Ele tem idéia de lançar um plano contra o desmatamento, para ajudar na mudança de clima, por um programa de preservação da Amazônia, e por aí afora. O tema verde tem receptividade em todo o planeta e Lula parece querer popularidade pelos quatro cantos do globo. Foi, na ONU, muito aplaudido. Com esse movimento, Lula, decerto, atrai dividendos para o Brasil. O etano I está mais do que pronto para conquistar mercados. Falta apenas saírem do discurso à prática todas as promessas oficiais de suporte ao setor que podem fazer deslanchar uma nova era de desenvolvimento por aqui.
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