JornalCana apresenta a seguir 5 destaques do segundo trimestre e primeiro semestre da safra de cana-de-açúcar 2019/20 da Biosev.
No relatório,
a empresa divulga:
- EBITDA Ajustado ex-revenda/HACC/IFRS16 atingiu R$ 1,04 bilhão, um crescimento de 32,5%, com Margem EBITDA de 43,9%.
- Trata-se de um aumento de 11,4 p.p.,
- O EBITDA Unitário é de R$ 45,7 por tonelada, alta de 29,0%, quando comparado com 6M19;
- CPV Caixa ex-revenda/IFRS16 reduziu-se em 12,1%, com CPV Caixa Unitário decrescendo 2,2%;
- Redução das Despesas de Vendas, Gerais e Administrativas ex-IFRS16 em 5,3%;
- Mix de etanol atingiu 63,5%, 1,3 p.p. superior ao 6M19, em função da maior rentabilidade desse produto frente ao açúcar;
- Moagem cresceu 2,7%, totalizando 22,7 milhões de toneladas;
- Produtividade agrícola consolidada (TCH) cresceu 3,5%, atingindo 83,1 ton/ha;
- Eficiência Industrial (ATR Produto/ATR Cana) cresceu 0,9% e atingiu 1,012 em 6M20.
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Confira os destaques:
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Demonstrativo de Resultados
IFRS16
A partir de 1° de abril de 2019, foi adotada a norma IFRS 16/CPC 06 (R2) Operações de Arrendamento Mercantil.
A norma alterou a contabilização de contratos de arrendamento mercantil e de parcerias agrícolas.
Essas passaram a ter tratamento equivalente ao de financiamentos relacionados à aquisição de direitos de uso de ativos.
E cujos pagamentos, anteriormente registrados em custos e despesas operacionais, são agora reconhecidos como depreciação ou amortização e despesas financeiras.
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Desempenho operacional
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Moagem
A Companhia atingiu um volume total de moagem de 22,7 milhões de toneladas no 6M20, 2,7% superior ao registrado em 6M19.
Essa variação é devida principalmente à maior produtividade medida pelo TCH (3,5%) e ao aumento da eficiência agrícola no período.
No Polo RP Norte, a moagem foi de 8,5 milhões de toneladas, em linha com 6M19.
No Polo RP Sul, a moagem foi de 6,0 milhões de toneladas, 2,2% superior ao 6M19, devido ao aumento de 3,7% em TCH.
No Polo Mato Grosso do Sul, a moagem foi de 6,2 milhões de toneladas, 7,5% superior ao 6M19.
Isso foi resultado da estratégia da Companhia em mitigar os efeitos da geada.
Ou seja: acelerar a colheita e moagem, para que o gelo formado sobre a cana tenha menor impacto sobre a qualidade e acúmulo da sacarose.
Por conta da geada na região, o TCH do Polo foi reduzido em 2,2%.
Lagoa da Prata
No Polo de Lagoa da Prata, a moagem foi de 2,1 milhões de toneladas, 2,2% superior ao 6M19.
Isso foi por conta do aumento de 4,5% em TCH, impactado pelas melhores condições climáticas na região e pelo aumento da eficiência agrícola no período.
No 2T20, a moagem consolidada atingiu 11,8 milhões de toneladas, 9,1% superior em relação à registrada no 2T19 devido principalmente ao aumento de produtividade medida pelo TCH.
E, também, ao aumento da eficiência agrícola no período.
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TCH (Toneladas de Cana por Hectare)
A produtividade dos canaviais medida pelo TCH consolidado atingiu 83,1 ton/ha.
O resultado é 3,5% superior ante 6M19.
No 2T20, atingiu 78,8 ton/ha, 3,9% superior em comparação com 2T19.
Esses resultados são explicados principalmente:
- pelas condições climáticas mais favoráveis no período de formação do canavial (janeiro a março),
- principalmente no Polo RP Norte, parcialmente compensadas pela geada que atingiu principalmente a região do Polo Mato Grosso do Sul
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ATR (Açúcar Total Recuperável) Cana
O teor de ATR Cana consolidado foi de 127,5 kg/ton, 3,9% inferior ante 6M19.
No 2T20, atingiu 138,7 kg/ton, 4,5% inferior ante 2T19.
Esses resultados refletem os impactos da seca na safra passada, que favorecem a concentração no conteúdo de açúcar.
O TAH consolidado (tonelada de açúcar por hectare), atingiu 10,6 ton/ha no 6M20, em linha com o 6M19.
No 2T20, o TAH foi de 10,9 ton/ha, em linha com o 2T19.
Esses são resultados do aumento de TCH, parcialmente anulado pela redução do ATR, ambos explicados anteriormente.
A eficiência industrial ATR Produto/ATR Cana atingiu 1,012 em 6M20, 0,9% superior ao 6M19, que atingiu 1,003.
No 2T20, atingiu 1,013, 2,1% superior ao 2T19.
Esses resultados demonstram a eficiência na conversão da cana nos produtos finais açúcar e etanol e a redução de perdas no processo produtivo.
A eficiência industrial é calculada pela quantidade de ATR produzido pelas usinas.