Mercado

44 países anunciam interesse pelo álcool combustível

Quarenta e quatro países dos cinco continentes participaram em 6 e 7 de novembro da Conferência World Ethanol 2003, no London Marriott Grosvenor Square, em Londres. Todos, sem exceção, anunciaram a disposição de produzir e utilizar o álcool combustível em futuro próximo, relata Fernando Perri, diretor comercial do Grupo J. Pessoa.

O aceno da possibilidade de produção e utilização de álcool combustível não significa, entretanto, abertura automática de mercado para o Brasil, por enquanto o maior produtor mundial.

Perri explica que no encontro em Londres ficou claro que o mundo tem medo de que a força do agribusiness brasileiro tome e monopolize os mercados mundiais.

´Brasil precisará de criatividade e parcerias´

Participaram do encontro em Londres representantes de nações produtoras importantes da América do Sul e Europa, além de EUA e Japão. Pelo Brasil, falaram Alexandre Trevia Leite, da Copersucar, José Pessoa de Queiroz Bisneto, do Grupo J. Pessoa e Angelo Bressan Filho, diretor do departamento de açúcar e álcool do Ministério da Agricultura.

Fernando Perri, do Grupo j. Pessoa, diz estar certo de que a conquista dos mercados por parte do Brasil vai depender da criatividade e da capacidade de negociação da iniciativa privada e do governo brasileiro em estruturar parcerias, não apenas venda de álcool, mas de acordos, muitos dos quais bilaterais.

Um dos entraves para a ascensão rápida do Brasil no mercado de álcool, ainda segundo Perri, é que os interessados no produto brrasileiro dizem não encontrar interlocutor único no Brasil para falar sobre todos os aspectos que envolvem a adoção do álcool combutível. O executivo relata um episódio para ilustrar a falta de interlocutor no Brasil para o mercado de álcool (e mesmo açúcar): o embaixador da Coréia veio ao Brsil e procurou Fernando Perri para saber com quem ele falava sobre álcol no Brasil, porque ele simplesmente não sabia.

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