O setor sofreu agudos impactos decorrentes do inicio da pandemia da Covid-19. Principalmente no mercado de combustíveis, que teve sua demanda puxada para baixo por falta de consumo. Neste momento, o novo coronavírus deve estar chegando ao seu pico no Brasil — entre de junho e julho — conforme previsões da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. Mas o futuro desta crise sanitária ainda é nebuloso.
Entretanto, o setor como atividade essencial para a economia e sociedade, segue firme em sua cadeia produtiva. Com expectativa de que a economia se estabilize e otimista com o mercado internacional de açúcar. Na tentativa de antever quais são as tendências para o setor após a pandemia, o JornalCana ouviu executivos dos mais expoentes grupos e usinas do setor.
São eles: Jacyr Costa Filho, participarão do evento o vice-presidente executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Francis Vernon Queen Neto; o CEO da BP Bunge Bioenergia, Geovane Dilkin Consul; e CEO da Diana Bioenergia, Ricardo Junqueira. Cada um antecipou uma tendência para o setor pós Covid. Confira:
1 – Combate a poluição
“A Covid-19 está nos trazendo diversos percalços, mas também muitos aprendizados. O primeiro é que a sociedade já deveria ter elevado a preocupação com a saúde pública. E não me refiro a estarmos preparados com leitos de hospitais, mas, sim, para evitarmos doenças. A poluição, principalmente a do ar, é um dos maiores problemas de saúde do mundo”, informa Jacyr, da Tereos.
2 – Retomada turbulenta do etanol
“A Raízen adotou para safra 2020/21 um mix de destinação de cana mais açucareiro, em um momento onde existe um recuo na demanda por etanol. No entanto, o mercado de combustível tem voltado mais rápido do que inicialmente estimamos, mas ainda devemos ter turbulência nesse período de retomada”, disse o vice-presidente executivo de Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen, Francis Vernon Queen Neto.
3 – Transformação tecnológica
Discorrendo sobre o tema, o CEO da BP Bunge Bioenergia, Geovane Consul avalia que a principal lição da pandemia da Covid-19 é que o mundo vive uma transformação onde as empresas podem ser alavancas rumo a incorporação da tecnologia às novas formas de trabalho à distância e simplificação de processos, mas também — segundo ele — às relações humanas e solidariedade em rede. “Nesse cenário nossa premissa é garantir o bem-estar e a saúde das pessoas. Além da sustentabilidade dos negócios no longo prazo”, acrescenta.
4 – Imposição de códigos severos de sanidade
“A pandemia, todavia, deve mudar para sempre muitas coisas no cotidiano das pessoas e nas diversas formas de relacionamento e nos negócios, obrigando a todos a pensar e viver em uma nova realidade. Questões como códigos severos de sanidade, maior respeito e preservação ao meio ambiente e transparência na gestão, são drivers que determinarão a sustentabilidade de todo e qualquer negócio global “, prevê Ricardo Martins Junqueira, CEO da Diana Bioenergia.
Debate ao vivo
Essas previsões são detalhes iniciais, uma vez que esses quatro executivos: Geovane Consul, da BP Bunge Bioenergia; Francis Vernon Queen Neto, vice-presidente executivo Etanol, Açúcar e Bioenergia da Raízen; Jacyr da Costa Filho, membro do Comitê Executivo do Grupo Tereos; e Ricardo Martins Junqueira, CEO da Diana Bioenergia, apresentaram perspectivas e tendências aprofundadas em um debate moderado por Josias Messias, da ProCana Brasil, que aconteceu dia 10 de junho às 18h30.
O Webinar foi online e gratuito, com o oferecimento dos patrocinadores:
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