O Portal JornalCana ouviu analistas ligados ao setor sucroenergético e lista abaixo 4 expectativas que o universo ligado às 390 usinas de cana-de-açúcar do País têm em relação ao novo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi.
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Maggi é notório produtor de soja e tem sólidos conhecimentos no agronegócio. Essa expertise favorece o relacionamento dele com instituições diretamente ligadas ao setor sucroenergético, como a Unica. Mas ele terá de apressar-se também nas relações com instituições internacionais
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As instituições internacionais, que possuem influência direta no setor sucroenergético brasileiro, estão na União Europeia e mesmo nos Estados Unidos. Nesse, é o caso do Departamento de Agricultura (Usda), que gere a política agrícola americana, também ligada ao comércio internacional, e será afetado com as eleições presidenciais americanas deste ano. Como encaminhar posições das usinas de cana do Brasil ao Usda? Cabe a instituições como a Unica sentar com o ministro da Agricultura, e com demais ministros ligados a relações externas, como José Serra.
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As eleições presidenciais dos EUA elegerão Hilary Clinton, mais afeita ao setor de biocombustíveis, por conta de seu marido, Bill Clinton, ou por Donald Trump, reconhecido pelas posições nacionalistas. Com Hilary, o setor sucroenergético brasileiro respira melhor. Com Trump, será preciso uma brigada para discutir (e impedir) ações que o político, caso seja eleito, certamente tomará em favor do etanol de milho americano.
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Com a União Europeia, o ministro da Agricultura brasileiro terá, juntamente com o ministro de Relações Externas, de ponderar em favor do açúcar brasileiro. Estão previstas para entrar em prática, em 2017, mudanças na comercialização do açúcar feito por países europeus. Hoje, há cotas. Mas as mudanças podem ampliar a oferta, e abrir uma concorrência direta com o açúcar brasileiro.