A safra 2021/22 na região Centro-Sul já está na pauta dos gestores de usinas de cana. Depois de uma safra de recuperação, certamente as estratégias para as usinas assumiram maior relevância e prioridade. Para planejar, contudo, é preciso contar com uma percepção estratégica do cenário, dos players e fatores que podem impactar a rentabilidade. Primeiramente, o cenário parece ser mais promissor. Com relação ao açúcar, por exemplo, várias usinas já fixaram os preços para cerca de 22,5% da projeção de exportação referente à safra 21/22. Esse movimento de antecipação — segundo a Archer Consulting — não tem precedentes no Brasil. O bloco de países árabes segue como o principal destino das exportações de açúcar brasileiro.
Quanto ao etanol, os preços dos combustíveis, que sofreram crise aguda no início da safra 20/21, dão sinais de melhora. Dados preliminares publicados pela ANP e compilados pela UNICA apontam que em setembro de 2020 foram consumidos 4,32 bilhões de litros de combustível pela frota de veículos leves (ciclo Otto). O volume é 1,9% inferior ao registrado no mesmo mês do ano anterior e representa a menor retração mensal na comparação com 2019 desde o início da pandemia.
Podemos somar a isso os Cbios e até o Biogás, como subprodutos que que se apresentam como oportunidades em um cenário mais otimista.
Além do que a pandemia da Covid-19 provocou a aceleração o processo de transformação digital nas usinas, tornando-se um driver fundamental na busca pela alta produtividade agrícola, maior eficiência industrial, segurança nas operações, integração de equipes e, claro, nos processos de inovação, governança e compliance.
No entanto, a Covid-19 ainda assombra o mercado com a possibilidade de uma segunda onda.
Por isso, o que é necessário para um planejamento estratégico assertivo?
Se faz necessário saber quais são as estratégias para as usinas que garantem a competitividade e rentabilidade de uma usina. Neste sentido, podemos contar com o benchmarking de 4 CEOs de usinas de cana e os resultados que demonstram que suas companhias estão trilhando bem esse caminho. Vejamos:
1 – Trilhando o caminho da superação
Fabiano Zillo, CEO da Zilor afirma: “Estamos trilhando um caminho de superação e conquistas”. É fato. A Zilor Energia e Alimentos conquistou um recorde histórico no mês de setembro desse ano, quando consolidou o maior volume produzido de açúcar branco (2CF). O atual recorde é superior em 13.860 toneladas a mais do que o anterior de 164.767 toneladas registrado na Safra 2013/14, resultando no aumento de 8% da produção.
“Vamos continuar operando, garantindo a saúde e segurança dos Colaboradores, o aumento de produtividade e a total eficiência para atingir as metas que pactuamos”, informa o presidente, completando “Para garantir a qualidade do nosso açúcar, a Zilor possui a certificação Bonsucro e a norma FSSC 22000. Devido essa alta qualidade, nosso açúcar está presente em várias marcas como a Coca-Cola, entre outros produtos e indústrias de alimentos”.
2 – Conquistando novos territórios
Além de ampliar a moagem e produção em sua unidade implantada em João Pinheiro, noroeste de Minas Gerais, a Bevap Bioenergia assinou protocolo de intenções com o Governo do Estado da Bahia para implantação de uma unidade industrial sucroenergética, destinada à produção de álcool, açúcar e cogeração de energia elétrica, com o cultivo de cana-de-açúcar. De acordo com Gabriel Sustaita, CEO do grupo, esse projeto está sendo avaliado há um ano.
O investimento inicial previsto é de R$ 500 milhões, podendo chegar a R$ 2 bilhões, entre formação de lavoura e planta industrial, no município de Barra, no oeste da Bahia. A unidade produtiva, a ser instalada, fará plantio, cultivo e colheita de cana-de-açúcar para industrialização de açúcar cristal, VHP, etanol hidratado, etanol anidro, com aproveitamento da biomassa (bagaço da cana) para geração de vapor e energia elétrica. A capacidade de produção será de 4 milhões de toneladas de cana e 1 milhão de toneladas de moagem de milho, na segunda fase do projeto.
3 – Investindo em tempos de crise
As dificuldades dessa safra não impediram o Grupo São Luiz de investir. Sob o comando de Luiz Carlos Queiroga as usinas Santa Cruz, em Santa Cruz Cabrália (BA), e Santa Maria, em Medeiros Neto (BA), investem R$ 192,4 milhões em ampliações, tanto nas unidades industriais, quanto na área agrícola para produção de etanol anidro e hidratado. O incremento na capacidade de produção dos produtos será de 86,5 mil m³/ano, já no campo, a produção a mais de cana-de-açúcar será de 1,1 milhão de toneladas por ano.
4 – Adotando uma estratégia efetiva
A Cerradinho Bio conquistou nessa safra, recorde na produção de etanol, com incremento de 28,5% em relação ao período anterior, totalizando 501 mil litros, consolidando a unidade de Chapadão do Céu, em Goiás como o maior complexo produtor de etanol do Brasil. Além disso, o grupo que tem o executivo Paulo Motta, como CEO, prevê que a produção de etanol hidratado e anidro passe de 96 mil m³/ano para 160 mil m3/ano, onde serão mantidos os 225 empregos diretos e criados mais 60. Este desempenho tende a ser ainda melhor nas próximas safras, em função da operação da Neomille, a nova planta de milho, que recebeu investimento de R$ 280 milhões.
Perfeito! Mas quais são os drivers estratégicos que esses CEOs adotam?
Para apresentar esses detalhes o Webinar JornalCana reunirá na próxima quarta-feira, 28/10, às 19h, esses 4 executivos para participarem do 3º CEO MEETING – Drivers Estratégicos para Garantir a Competitividade e Rentabilidade das Usinas. Confira quem são:
- Fabiano Zillo, CEO da Zilor
- Gabriel Sustaita, CEO da Bevap
- Luiz Carlos Queiroga, Presidente do Grupo São Luiz
- Paulo Motta, CEO da Cerradinho Bio
Para participar ao vivo é bem fácil. Basta acessar www.jornalcana.com.br/webinar e fazer sua inscrição.
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