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Mercado para Mato Grosso

Barack Obama veio ao Brasil no final da semana fazer diplomacia comercial. O presidente dos Estados Unidos quer incrementar o intercâmbio binacional com a maior nação abaixo do rio Grande no continente americano. Isso ficou bem claro em seu pronunciamento à presidenta Dilma Rousseff e a empresários brasileiros.

No pronunciamento de saudação ao colega visitante, Dilma citou fatos históricos das relações dos dois países e, na mesma moeda, defendeu interesses nacionais na balança comercial com os Estados Unidos. Exemplificando o potencial exportador do Brasil Dilma citou cinco commodities: etanol, carne bovina, algodão, suco de laranja e aço. Presente na platéia, o governador Silval Barbosa ouviu com atenção essa lista, que no “etc.” deixou implícito o biodiesel.

Mato Grosso não mandou delegação empresarial ao encontro de Barack Obama, mas seu governador presenciou a presidenta pedir mercados para produtos onde sua economia ocupa lugar de destaque no cenário nacional. A bandeira levantada por Dilma tem que ser costurada comercialmente pelo empresariado mato-grossense.

Estado que responde por 50% da safra nacional de plumas de algodão e que produz fibra de invejável qualidade, Mato Grosso tem que brigar pelo mercado norte-americano.

Em Mato Grosso pasta o maior rebanho bovino do Brasil, com mais de 28,7 milhões de cabeças de mamando a caducando. Com três milhões de habitantes o Estado tem pequeno consumo de carne, o que lhe permite forte presença nos mercados internacionais.

Um quarto do biodiesel brasileiro sai das usinas mato-grossenses para ser misturado ao óleo diesel no percentual determinado pelo Protocolo de Kyoto, do qual o Brasil é signatário.

A produção de etanol em Mato Grosso garante a autosuficiência da frota automobilística. O potencial de aumento de produção desse combustível limpo é grande, mesmo observando os limites determinados pelo zoneamen to para sua produção.

Silval presenciou Dilma fazer a defesa dessas commodities e o clima de cordialidade entre os presidentes. O governador conhece bem a realidade econômica, a capacidade de produção e o potencial de crescimento de seu Estado. Portanto, deve determinar que a Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) desenvolva ações no sentido de incrementar o intercâmbio comercial com os Estados Unidos.

Para agir a Sicme precisa de sintonia com as entidades que representam os segmentos econômicos citados pela presidenta Dilma. Portanto, é preciso mobilizar e incentivar o Sindbio, Sindálcool, Famato, Fecomércio, Fiemt, Ampa, Sindifrigo, Sindipetróleo e outras instituições em defesa do aumento da presença dos produtos mato-grossense na nação mais rica e poderosa do planeta.

Somente palavra não conquista mercado internacional, mas até mesmo quem tem oferta qualitativa, quantitativa e estratégica como Mato Grosso precisa mostrar que está disposto a vender. Dilma deu importante passo nessa direção.

A bandeira levantada por Dilma tem que ser costurada comercialmente pelo empresariado mato-grossense.

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