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Mercado nacional é mais aberto do que parece

Mito de que a economia do Brasil segue muito fechada cai ao compará-la à de outros países. Já existem argumentos suficientes para derrubar o mito de que a economia brasileira ainda é muito fechada. As tarifas alfandegárias do Brasil recuaram do patamar médio de 50% observado na década de 80 para o nível atual em torno de 10%. Corrobora ainda essa tese, a existência de um regime tarifário sem cotas e com alíquota máxima de 35%. Outras economias, tanto desenvolvidas quanto emergentes, apesar de terem tarifas médias mais baixas que a brasileira, aplicam “picos tarifários” que protegem seus mercados.

“O Brasil já se abriu muito”, afirma Christian Lohbauer, diretor da Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica (Sobeet). Para o ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel , nenhuma abertura comercial deve ser gratuita e é importante que seja usada como um instrumento de política econômica. “Imposto de importação é um instrumento de política econômica. Pensar ao contrário é pueril”, diz.

Lohbauer também defende que, para dar continuidade à abertura comercial, as novas reduções nas tarifas de importação sejam definidas de acordo com as diretrizes da política industrial e do modelo de inserção internacional do País.

Everardo Maciel acrescenta que os cortes tarifários dependem da estrutura e organização de cada setor. “A liberalização do comércio é sempre positiva, mas deve estar relacionada aos trade offs”, concorda Lohbauer, apontando serviços como um setor de grande potencial para ser usado como contrapartida em negociações internacionais.

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