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Mercado do açúcar continuará aquecido em 2012, diz especialista

Os preços de açúcar nos mercados internacionais já atingiram seu ponto mínimo em maio e a tendência é de uma reversão deste quadro, à medida que se consolidar a safra brasileira como sendo efetivamente pequena, ou ligeiramente maior do que a safra passada. A informação é de Paulo Costa, consultor de agronegócios da PFSC Consultoria, que afirma que os estoques mundiais poderão ser menores do que se prevê neste ciclo. 

“A Bolsa de Nova York já mostra isto com as cotações em estado de “carry” e isto reflete o fato de que no momento há disponibilidade de açúcar, mas uma demanda pequena. Este quadro deve permanecer assim, até que se tenha uma visão mais clara da produção em nosso país e a próxima da safra da Índia, do açúcar de beterraba da Rússia e do tamanho da necessidade de importação da China”, lembra.

Para ele, o mix do setor nessa safra deverá permanecer semelhante ao de 2011. “Mesmo que tenhamos um provável aumento no preço da gasolina, que puxaria consigo os preços do etanol anidro e hidratado, ainda assim a contribuição do açúcar vai continuar sendo favorável ao produtor. Daí entra o fator cambial a dar mais vigor às margens trazidas pelo açúcar. Ainda estamos distantes deste alinhamento e sabemos que apenas em situações excepcionais o usineiro favorece o etanol”, afirma.

De acordo com o especialista, o açúcar é um mercado com mais instrumentos de proteção (hedges e derivativos). “Além disto, o crescimento de destilarias que apenas produzem etanol está estagnado. Na verdade temos a situação de algumas destilarias que incorporaram a produção de açúcar em suas unidades industriais”, comenta.

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