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Mercado de veículos mostra queda de 12,6% em julho

Depois do forte desempenho registrado, sobretudo, durante o segundo trimestre, as vendas de veículos novos no país perdem fôlego neste mês, marcando queda tanto em relação a junho como na comparação com igual período do ano passado. Na primeira quinzena de julho, os licenciamentos de veículos – entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – tiveram queda de 12,6%, em relação ao mês anterior.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando a indústria de carros teve o terceiro melhor mês de toda a história, a queda foi de 12,9%, segundo levantamento da Fenabrave, a entidade que representa as concessionárias de veículos. O menor ritmo acontece num momento em que o setor acumula altos estoques. O volume de veículos parados nos pátios de montadoras e revendas fechou junho em nível equivalente a 39 dias de venda, quando o normal seria um giro mais próximo a 30 dias.

A menor atividade da indústria, contudo, pode contribuir a um melhor equilíbrio dos estoques, já que a produção foi comprometida no início do mês por problemas de abastecimento de autopeças causados pela greve dos caminhoneiros e paradas em diversas fábricas durante os protestos promovidos por centrais sindicais na última quinta-feira. Já nesta semana, 1,7 mil operários da Volkswagen em São Bernardo do Campo (SP) entraram em férias coletivas de dez dias. A partir da semana que vem, a General Motors (GM) também vai dar férias coletivas, até 4 de agosto, aos 750 funcionários da linha de produção do sedã Classic em São José dos Campos (SP).

No total, foram vendidos 154,2 mil veículos nos 15 primeiros dias deste mês, o que reduz o ritmo de crescimento no acumulado do ano para 3,1%. No fechamento do primeiro semestre, as vendas de veículos acumulavam alta de 4,8%.

Quando se considera apenas o mercado de carros de passeio e utilitários leves, as vendas somaram 145,9 mil unidades na primeira quinzena de julho, com recuo de 13,1% em relação a junho e de 14,5% na comparação com o volume de um ano antes.

Dado o fortalecimento da base de comparação, a queda na comparação anual já era esperada. Na esteira do anúncio de descontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que chegavam a zerar a alíquota para carros populares, a indústria automobilística registrou entre junho e agosto de 2012 alguns de seus melhores resultados na história. “O efeito da redução do IPI sobre as vendas é o principal diferencial dos resultados do ano passado”, afirma Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave. Ele acrescenta que o aumento dos juros, tornando mais caro o “custo do dinheiro”, também pesa sobre o desempenho de 2013.

Na briga das marcas, a Fiat se mantém na liderança das vendas de carros neste mês, respondendo por 21,5% do total emplacado. Na sequência, aparece a General Motors (18,8%), que volta a superar a Volkswagen, com 18,1%, na disputa pelo segundo lugar.

Apesar dos números negativos dos veículos leves, o mercado de caminhões continua em recuperação, com alta de 28,7% neste mês, em relação ao fraco resultado de 2012. Na comparação com junho, contudo, as vendas de caminhões – que somaram 7 mil unidades na quinzena – recuam 3,6%.

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