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Mercado de etanol no Peru está em crescimento

Há algum tempo o Peru iniciou o processo de retomada do setor sucroenergético, após estatização da indústria da cana-de-açúcar ocorrida no país no final dos anos 1960. Investimentos em usinas de grande porte tem sido feitos nos últimos anos. A indústria ainda é predominantemente açucareira, mas a introdução do marco regulatório em 2010, que determina a adição de uma porcentagem de etanol em toda a gasolina consumida no país, despertou o interesse pelo biocombustível em grupos econômicos do Peru….

Recentemente, o Grupo Gloria investiu mais de 150 milhões de dólares em sua nova unidade produtora de etanol, que vai inaugurar ano que vem.  A usina Pucalá atualmente tem capacidade para 60 mil litros diários de etanol e tem um plano de expansão para que chegue a 150 mil litros/dia.

Uma grande vantagem competitiva do Peru em relação a outros países produtores de cana-de-açúcar é a favorável condição climática da região, que permite plantar e colher o ano todo, ininterruptamente. Ao longo do ano os níveis de precipitação são baixos, o que possibilitauma cultura permanente. Segundo o portal  JornalCana apurou com o gerente de campo da usina Agropucala, Erikson Niño Farro, esse diferencial faz toda diferença na produção de cana. “Somos nós que decidimos quando colher, quando plantar, já que podemos fazer isso durante todo o ano. Além disso, possuímos um rendimento da cana que é um dos melhores do mundo, cerca de 130 toneladas por hectare”, explicou.

Apesar das boas condições climáticas, muitas vezes o cultivo de cana-de-açúcar no Peru esbarra na necessidade de irrigação de terras áridas, que são usadas para o plantio da cana. A irrigação é um processo de custo elevado, mas costuma ter resultados excelentes. Na opinião de Farro essa questão já não é tão alarmante quanto anos atrás. “ Nos últimos dois anos, principalmente, melhorou muito.  As represas estão cheias e a seca não tem atrapalhado tanto”, disse.

O representante da Agropucala contou que o principal objetivo de sua visita ao Brasil ( ele esteve na Fenasucro participando das rodadas de negócios a convite do Apla) foi  conhecer os equipamentos brasileiros usados na mecanização da colheita de cana. “No Peru temos um prazo para deixar de queimar a cana, que vai até 2017.  Então estamos aqui para aprender com os brasileiros, que já passaram por isso, possuem todo o equipamento adequado e já sabem da logística, pois já testaram o que funciona e o que não funciona.  Assim poderemos minimizar  nossas perdas”, finalizou.

 

Números do Peru:

Moagem: 11 mil toneladas de cana-de-açúcar

Produção de açúcar: 1 milhão de toneladas

Gerente de campo da usina Agropucala, Erikson Niño Farro
Gerente de campo da usina Agropucala, Erikson Niño Farro

 

 

 

 

 

 

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