Dados da B3 registrados até o dia 31 de dezembro indicam a emissão de 31,74 milhões de créditos de carbono (CBIOs) em 2022.
No ano, a disponibilidade de CBIOs (emissão + estoque inicial) alcançou a marca de 42,15 milhões de créditos, valor que supera a meta anual em 5,4 milhões de CBIOs.
Até a data mencionada, a parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido cerca de 33,6 milhões de créditos de descarbonização. Esse volume representa 92% da meta de aquisição total para o ano corrente.
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Em março de 2022, os CBIOs alcançaram os R$ 100, caracterizando o início de uma sequência de valores recordes para os títulos, que chegaram a custar R$ 200 em junho. A escalada dos preços acabou até mesmo se tornando alvo de investigação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Para tentar conter os valores, o governo anunciou o adiamento das metas referentes a 2022. Desta forma, os 35,98 milhões de créditos que deveriam ser aposentados até 31 de dezembro do ano passado, tiveram sua retirada de circulação postergada até setembro de 2023.
A decisão empurrou também a comprovação das obrigações dos próximos anos, que deverão ocorrer até março do ano subsequente. De acordo com o Itaú BBA, esta definição aumenta a oferta dos CBIOs, mas também concentra a demanda.