Com a introdução do RenovaBio, o mercado de carbono, que espera emitir este ano cerca de 24 milhões de títulos de CBIOs, já começa a impactar o sistema de produção do setor sucroenergético.
Na avaliação do presidente do Fórum Nacional Sucroenergético, Mário Campos, essa iniciativa trouxe um novo conceito de produção para o setor.
“Entrou em vigor em 2020, estamos finalizando o segundo ano e tivemos no primeiro ano, quase 15 milhões de títulos (CBIOs) vendidos. E nesse ano vamos ter mais ou menos 24 milhões vendidos na Bolsa, trazendo uma nova receita para o produtor. Ele traz o conceito da eficiência verde. As empresas com condições de produzir com menor pegada de carbono, vão gerar um maior número de CBIOs, e vão poder vender no mercado”.
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Segundo Campos, o RenovaBio traz uma previsibilidade para o mercado. “Não apenas para o etanol, mas para os biocombustíveis de forma geral, como o biodiesel, e, também uma novidade que vem surgindo que é o biometano, produzido com resíduos da produção agrícola. Ele está de certa forma revolucionado o setor, que tende a crescer, por conta dessa previsibilidade, há uma curva de 10 anos de metas estabelecidas, e temos condições de aumentar a nossa produção de forma sustentável”.
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A expectativa também é que no futuro outras empresas possam ser agregadas ao programa. “A gente espera vender esse CBIO para outros players a empresas que necessitem de redução das suas emissões e que possam utilizar esse título como contrapartida dos seus processos produtivos. Que no futuro a gente possa integrar o programa com outros segmentos da nossa economia no Brasil e quem sabe até do mundo”, acredita Campos.