Os esforços para a sustentabilidade climática e as alternativas para alcançar o objetivo ambiental rumo à recuperação sustentável foram alguns dos assuntos debatidos durante reunião realizada na última semana, em Bali, na Indonésia, por ministros do Meio Ambiente e do Clima dos 19 países mais ricos do mundo e da União Europeia (G20).
O Brasil foi representado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, e pelo secretário de Clima e Relações Internacionais, Marcus Paranaguá. A passagem pelo arquipélago foi marcada por reuniões com organismos internacionais importantes, como a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e autoridades de outros países.
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O ministro Joaquim Leite e secretário Marcus Paranaguá trataram da criação do mercado regulado de carbono, a experiência brasileira em logística reversa e as principais ações na rota de descarbonização da economia. Também foi abordado o trabalho conjunto que visa a inclusão do Brasil na OCDE.
Durante a reunião do G20, Leite e ministro do Meio Ambiente japonês, Akihiro Nishimura conversaram sobre a integração do mercado regulado de carbono entre Brasil e Japão. Em julho, o ministro recebeu o embaixador japonês Teiji Hayashi para celebrar um acordo bilateral entre os países de fomento ao mercado regulado de crédito de carbono. Os países foram os primeiros a assinar um protocolo de intenções nesse sentido desde a aprovação do Artigo 6 do Acordo de Paris na COP26, realizada em Glasgow (Escócia), em novembro de 2021.
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Os representantes do MMA também destacaram o trabalho conjunto com o Enviado Especial para o Clima dos Estados Unidos, John Kerry, que integra o Grupo de Trabalho cujo objetivo é alcançar resultados imediatos para reverter o desmatamento da Amazônia, por meio do combate aos crimes nacionais e internacionais de tráfico de animais silvestres, mineração ilegal e comércio ilegal de madeira.
O lançamento do Programa Nacional de Redução de Emissões (Metano Zero), fez do Brasil o primeiro país a transformar compromissos assumidos durante a COP26 em medidas concretas, com isenção de imposto federais, criação do conceito de crédito de metano e financiamento específico com o objetivo de fomentar a estruturação do setor, com foco exclusivo em resíduos orgânicos dos setores de suínos, aves, laticínios, cana-de-açúcar e aterros sanitários, medidas que podem reduzir em mais de 30% das emissões totais de metano do Brasil.
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“Enquanto o setor de energia é responsável por mais de 70% das emissões mundiais de CO2, o Brasil tem feito progressos significativos nessa área. Já fizemos nossa transição elétrica com 85% renováveis”, afirma o ministério.