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Melhoramento genético permite sucesso canavieiro

O Brasil alcançou o sucesso na produção canavieira devido, em grande parte, ao trabalho de melhoramento genético iniciado na década de 70 e que dura até hoje. A afirmação é do professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Marcos Sanches, que participou nesta terça-feira (17) da 2ª Semana do Etanol, em Ribeirão Preto, SP.

De acordo com o pesquisador, a duração de cada pesquisa pode chegar a dez anos, até que se encontre uma espécie ideal. É preciso que a planta apresente uma série de características para o desenvolvimento da espécie de sucesso. Cada estudo reúne aproximadamente três mil variedades das quais apenas 2% são aproveitadas.

Sanches também é diretor-executivo da Rede Interuniversitária para o Desenvolvimento do Setor Sucroalcooleiro (Ridesa), composta por sete universidades federais brasileiras. No total, são 142 pesquisadores, 83 técnicos e 21 estações experimentais, que trabalham na busca de novas variedades de sucesso.

O trabalho é realizado de acordo com as especificidades e condições climáticas de cada região. Mais de 50% das espécies encontradas hoje no mercado brasileiro são provenientes de pesquisas da Ridesa. Em média, 2,5 mil cruzamentos, com diferentes espécies de cana, são realizados por ano, nas sete unidades da Rede.

Depois de escolhidas as espécies em potencial, são processadas em sementes e distribuídas para as universidades, que irão fazer a semeadura, de acordo com luz, temperatura e umidade. O controle é feito em estufa, com aproveitamento de quase 100%. “Cada planta apresenta características genéticas diferentes, que garante o sucesso das pesquisas”, disse o pesquisador.

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