JornalCana

Meirelles defende etanol do Brasil em Londres

Em meio a gráficos e estatísticas sobre superávit primário e trajetória da inflação, a promoção do etanol ganhou espaço na agenda que o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, encerrou nesta quarta-feira em Londres.

Em pelo menos duas ocasiões o presidente da autoridade monetária tentou distanciar o etanol brasileiro, feito a partir da cana-de-açúcar, do biocombustível feito nos Estados Unidos e na Europa, a partir do milho e da beterraba, respectivamente.

Em eventos com a comunidade empresarial, Meirelles seguiu a estratégia do governo brasileiro de mostrar a investidores internacionais que o etanol de cana-de-açúcar é eficiente, não agride o meio-ambiente e nem cria pressões inflacionárias. Ele ainda criticou os subsídios concedidos pelos países ricos à sua própria produção de biocombustível.

“É preciso separar o etanol feito de milho do etanol de cana-de-açúcar”, afirmou, na segunda-feira. “Dá para ver claramente que o etanol de cana-de-açúcar é mais econômico”, reforçou, nesta quarta.

Segundo números do Ministério de Minas e Energia, o biocombustível brasileiro tem um balanço energético – a comparação entre a quantidade de energia consumida na fabricação do biocombustível e a energia liberada pela sua queima – de 9,3 unidades, contra 2,3 do etanol de beterraba e 1,9 do etanol de milho.

Um dado que reforça as críticas contra os subsídios à produção de etanol nos países ricos, considerada sem sentido do ponto de vista econômico. “Os países devem repensar os subsídios à produção ineficiente de etanol”, afirmou o presidente do BC.

Inscreva-se e receba notificações de novas notícias!

você pode gostar também
Visit Us On FacebookVisit Us On YoutubeVisit Us On LinkedinVisit Us On Instagram