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Meio ambiente: ônus ou oportunidades?

O meio ambiente, costumeira-mente encarado como um mero e pesado ônus a ser arcado pelas empresas em virtude de expressas disposições legais, tem tomado importância tamanha em nossa sociedade que não pode mais ser re-negado pela economia. Logo, se não pode ser esquecido, que seja então gerido de sorte a que sua tu-tela possa traduzir-se em novas oportunidades de negócios.

A sociedade, em decorrência de um consciente coletivo de culpa, tem priorizado a preocupação com o meio ambiente. E o exemplo mais veemente desta exigência social é o dilema que a própria Organização Mundial do Comércio (OMC) tem enfrentado toda vez que é suscitada a analisar a questão ambiental quando esta é utilizada como barreira tarifária por algum país.

Nesse contexto, as empresas precisam se adequar à tutela ambiental a evocação para si da responsabilidade com o meio ambiente, que na verdade constitui parcela do que hoje se denomina responsabilidade social, traz inúmeras vantagens às empresas. Além de passarem a gozar de um crédito perante a sociedade, revertido em uma boa imagem e, até mesmo, em uma espécie de favoritismo frente a instituições concorrentes, a assunção da responsabilidade social pode significar também um grande passo para a abertura do mercado internacional. Lembre-se que hoje, nos países de primeiro mundo, há uma procura desenfreada por pro-dutos não danosos ao meio ambiente e que esta preocupação constitui requisito básico para que uma empresa possa vir a ser aceita naquele mercado.

A total reestruturação de valores dentro das próprias empresas e das atividades por ela exercidas exteriormente pode implicar, então, no surgimento de novas oportunidades. E o caso de instituições que, além de fabricarem e comercializarem seus produtos, fazem-no de maneira ecologicamente sustentável e se preocupam com aspectos sociais do ambiente em que vivemos. Em vista disso, in-vestem em proteção ambiental, em preservação de florestas (sejam nativas ou exóticas), e em projetos de cunho social. Também em virtude disso nunca se viu o surgi-mento de tantas fundações, em tão curto espaço de tempo.

Desse cenário complexo, pode–se nitidamente inferir que, na verdade, a transformação de valores éticos e morais das empresas pode ser refletida em uma nova e forte oportunidade de negócios para as indústrias, já que satisfaz os mais impetuosos anseios da população no estágio em que vivemos. E não deixa de ser, também, uma forma muito robusta de propaganda, todavia indireta. Adquire proveitos a empresa, que melhora social-mente a sua imagem, abrindo no-vos mercados e atraindo consumi-dores, e lucra também – e significativamente – o meio ambiente e, por conseqüência, toda a sociedade. Talvez seja este, finalmente, o caminho que pode levar nossa sociedade ao tão mencionado desenvolvimento sustentável, considerando que parte ele de uma fórmula lucrativa e conveniente tanto para a economia quanto para o meio ambiente.

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