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Medidas estruturais para agricultura chegam em 3 semanas

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, disse hoje que o pacote de ajuda aos agricultores, anunciado na semana passada pelo governo federal, “é muito útil, muito bem-vindo nas regiões tradicionais de agricultura”. “O pacote não é suficiente para os produtores das fronteiras agrícolas porque lá os problemas são mais candentes, maiores”, disse Rodrigues. Ele estimou que um outro pacote, que trará medidas estruturais para o setor, será anunciado dentro de duas ou três semanas e será um complemento ao pacote emergencial da semana passada. “Faltam medidas estruturais. Outro pacote tratará de questões fiscais, tributárias de importações seguro rural e recursos para o crédito rural”, afirmou.

Mesmo considerando o pacote como útil, Rodrigues aproveitou discurso em seminário de rastreabilidade para fazer um desabafo e para criticar indiretamente os ministérios da Fazenda e dos Transportes. “Não mando no câmbio, não mando nos juros, não mando nos recursos do crédito, não mando em logística ou em estradas, mas a crise senta no meu colo”, disse o ministro. Ele lembrou que o setor passa pela maior crise dos últimos 40 anos, reflexo do câmbio, de questões monetárias, citando neste momento, os juros. Também disse que a questão fiscal, ou seja, a tributação, prejudica o setor. Questões ambientais e de logística também afetam de forma negativa o agronegócio, acrescentou.

Rodrigues fez um balanço do potencial da agricultura brasileira nos próximos anos e voltou a defender a agroenergia. “Não tenho mais a mínima dúvida de que a agroenergia é o novo paradigma mundial.” Ele disse que o Brasil tem 62 milhões de hectares, sendo 6 milhões destinados à cana de açúcar. Outros 17 milhões de hectares são aptos, segundo o ministro, para esse tipo de cultivo. Em relação à soja, ele disse que a produção brasileira chegará a 84 milhões de toneladas na safra 2014/15.

Em relação à reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS), que acontece hoje e amanhã em Brasília, o ministro disse que expectativa é que o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) libere US$ 100 milhões para controle da aftosa e de outras doenças na região. O CAS é formado pela Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai.

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