Mercado

"Medidas a longo prazo serão as mais difíceis", diz Farina

Durante evento realizado na manhã desta quarta-feira (24/4), em São Paulo, SP, a presidente da Unica – União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Elizabeth Farina, falou sobre as perspectivas do setor sucroenergético.

“Já tivemos demonstrações que é possível crescer, contudo essa expansão não se manteve. Tivemos o fechamento de 40 usinas nas últimas cinco safras. Estamos passando por um processo de reestruturação produtiva. Temos que nos estruturar para aproveitar a demanda do futuro, ter produtos para atender os mercados interno e externo”, disse.

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Ao comentar o encontro com a presidente Dilma Rousseff, quando foram acordadas medidas de incentivo ao etanol, Farina afirmou que a petista está confiante na recuperação do biocombustível. “Tivemos uma conversa franca com a presidente. Ela enxerga o setor de etanol como um grande mercado aberto, que precisa contar com a exportação para seja sustentável. Sobre o pacote de incentivo, ela diz que no momento essas são as medidas possíveis, mas as negociações precisam continuar. Cobrou dos ministros presentes maior atenção com a situação, para que novas negociações surjam”.

Sobre medidas a longo prazo, a representante disse que com a inflação que o país enfrenta, no momento, é impossível conseguir. “As regras mais duradouras envolvem diversos setores. Vincular o preço da gasolina com o mercado externo seria importante, por exemplo. A volta da CIDE – Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico, também. Não podemos perder essa oportunidade de diálogo com o governo”, finalizou.

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