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Medição do PIB depende de estimativas

Em todo o mundo, PIB é estimativa. Nunca reflete precisamente a produção de bens e serviços de uma economia. O diferencial está em como medir e estimar de modo mais próximo a realidade econômica.

É de esperar que sempre as estimativas sejam aperfeiçoadas e cubram lacunas na atual metodologia do IBGE.

Ao criticar a mensuração da agropecuária, o diretor de Política Econômica do BC, Afonso Bevilaqua, tem certa razão, pois, ao olhar a série histórica, o PIB do setor em geral cresce mais no terceiro trimestre. É tempo de colheita da soja, cujos preços são bons (comparados a outros produtos agropecuários), e as quantidades, enormes. No terceiro trimestre deste ano, as lavouras mais fortes são trigo, laranja (também um produto de alto valor relativo), café e cana-de-açúcar. Só a cana foi bem no trimestre. Foi mais azar. O que o IBGE poderia, em tese, fazer seria decompor as estimativas da agropecuária para um período de 12 meses, o que suavizaria a quedas intensas e altas expressivas.

Mas há outros problemas. O principal é a estimativa da produção do governo. Sua expansão é medida só pela projeção da crescimento da população -indicador que no Brasil se mantém quase estável- em quase todas as áreas, com exceção de saúde e educação.

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